Parâmetros fisiológicos de cães submetidos a treinamento em esteira
Ano de defesa: | 2007 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4938 |
Resumo: | A falta de atividade física de cães aliada a uma alimentação de alto teor energético têm afetado seriamente a saúde dos cães, levando-os a desenvolver vários tipos de problemas associados ao coração, à obesidade, às articulações e até mesmo ao comportamento. Desta forma, visando oferecer condições para que os animais tenham uma vida longa e saudável, medidas preventivas e curativas, como práticas de atividades físicas e esportes caninos, têm sido utilizadas. No entanto, para o desenvolvimento dessas atividades é fundamental um bom condicionamento físico, o que pode ser determinado por vários parâmetros fisiológicos. O presente trabalho teve como objetivo a avaliação dos parâmetros fisiológicos de cães treinados em esteira. Foram utilizados oito animais de raças diferentes, alimentados com a mesma ração comercial e alojados em canis individuais. Depois de uma avaliação clínica, os cães passaram por período de 30 dias de repouso, sendo que no 19º dia foram obtidos os seguintes parâmetros fisiológicos: freqüência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR), temperatura corporal (TC), lactato e glicose sangüínea. Após esse período, eles foram submetidos a um teste de cargas progressivas em esteira, para se determinar os mesmos parâmetros no esforço máximo e até retornarem aos valores de repouso, o que foi chamado de período de recuperação. A partir desses dados, foram determinados os limites inferior e superior da FC dos cães e a intensidade dos exercícios. Os animais foram divididos nos grupos 1 e 2, que treinaram 5 e 3 vezes por semana, respectivamente, em dias alternados durante cinco semanas. Depois disso, foram novamente submetidos ao teste de cargas progressivas para que os valores dos parâmetros fisiológicos fossem novamente determinados. Nos cães do primeiro grupo, foi observada uma diminuição da FC (P<0,05), durante o teste de esforço máximo, sendo que a máxima estimada de 214 bpm passou para 205,33 bpm. Esses resultados sugerem que houve uma melhora no condicionamento cardiovascular para esse grupo. Para os animais do grupo 1, a FC referente ao repouso, após o treinamento foi menor que antes do treinamento (P<0,05), variando de 75 ± 5,65 para 67 ± 6,83 bpm. Quando comparada antes e após o treinamento, a recuperação da FC foi mais rápida (P<0,05) para os cães do grupo 2. O treinamento 5 vezes por semana proporcionou diminuição (P<0,05) da concentração de lactato sanguíneo em uma mesma velocidade de teste antes e após o treinamento, sugerindo uma melhora no condicionamento físico dos cães. Para os dois grupos após o treinamento, foram observadas reduções significativas na TC, que se manteve menor durante todo o teste de cargas progressivas. Quanto à FR e glicose não foram observadas diferenças significativas em ambos os grupos. Concluindo, as alterações verificadas na FC, TC e lactato indicam que houve melhora no condicionamento físico dos cães treinados 5 vezes por semana, recomendando-se esse protocolo. |