Respostas do metabolismo antioxidativo de Pistia stratiotes L. (Araceae) submetida ao arsenito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Campos, Fernanda Vidal de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Controle da maturação e senescência em órgãos perecíveis; Fisiologia molecular de plantas superiores
Mestrado em Fisiologia Vegetal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4340
Resumo: Plantas de Pistia stratiotes foram submetidas a diferentes concentrações de arsenito (AsIII) com a finalidade de avaliar a intensidade do estresse oxidativo gerado por este metaloide e as respostas antioxidantes envolvidas na tolerância desta espécie ao estresse. Após a aclimatação (5 dias) em solução nutritiva de Clark 1⁄4 de força iônica e pH 6,5, as plantas foram expostas a quatro tratamentos: controle (apenas solução nutritiva), 5, 10 e 20 μM de AsIII, onde permaneceram por 24 horas para as análises bioquímicas e durante 4 dias para as análises de absorção de arsênio (As), sintomatologia visual e taxa de crescimento relativo (TCR). Plantas de P. stratiotes apresentaram altos teores de As, no entanto, a maior parte deste elemento ficou retida nas raízes, conferindo um baixo fator de translocação. A presença do As promoveu sintomas de toxidez e alterações nos parâmetros fisiológicos e bioquímicos, evidenciados por intensa clorose, perda radicular, redução da TCR, aumento das espécies reativas de oxigênio (ROS), danos de membrana, alterações na atividade de enzimas antioxidantes e no teor de glutationa total. Os resultados obtidos evidenciam que plantas de P. stratiotes expostas à concentração mais baixa de AsIII (5 μM) são tolerantes ao metaloide, devido a atuação eficiente dos antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos. No entanto, a exposição à concentração mais elevada de As III, resultou em comprometimento dos mecanismos de defesa, principalmente nas raízes, em decorrência do elevado acúmulo de As neste órgão. Nesse sentido, o mecanismo de toxidez do AsIII envolve a maior formação de ROS e, paralelamente, a inibição dos mecanismos antioxidantes, resultando na alta incidência de estresse oxidativo. Assim, vi pode-se concluir que P. stratiotes é capaz de absorver e acumular altas concentrações de AsIII, no entanto, sob concentrações mais elevadas deste poluente, o metabolismo da planta é consideravelmente afetado, interferindo na sua capacidade de tolerar o estresse e limitando o seu uso na fitorremediação de ambientes em que o AsIII encontra-se em altas concentrações.