Efeito do silício nos mecanismos de tolerância ao estresse por arsênio em Pistia stratiotes L.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos Neves, Pedro Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27915
Resumo: Embora seja uma operação de grande importância para a fabricação de bens de consumo indispensáveis para o homem, a mineração pode causar sérios impactos ambientais pela geração de resíduos, os quais contêm metais pesados e metaloides, incluindo o arsênio (As). Estudos demonstram a possibilidade da utilização da macrófita aquática Pistia stratiotes na remediação de ambientes contaminados com metais pesados. Com a finalidade de potencializar os mecanismos de tolerância dessa espécie ao As, o presente estudo teve como objetivo avaliar o papel do silício (Si) como agente estimulante dos mecanismos de defesa das plantas em resposta à presença desse poluente em meio aquático. Para tal, plantas de P. stratiotes, foram aclimatadas por 5 dias em solução nutritiva de Clark 1⁄2 força iônica, pH 6,5, em salas de crescimento com temperatura e intensidade luminosa controlados, antes de serem submetidas aos tratamentos com arsenito (arsenito de sódio 10 μM); Si (ácido monossilícico 2 mM) e combinação de As e Si, nas mesmas concentrações anteriores, por 3 d. Plantas expostas ao As apresentaram perda de raízes, redução da taxa de crescimento relativo (TCR), maiores concentrações de espécies reativas de oxigênio (ROS), maior atividade do sistema antioxidante enzimático e redução nos teores dos compostos do sistema antioxidante não enzimático, além de maiores danos oxidativos em membranas e no aparato fotossintético, confirmando o potencial tóxico desse metaloide. A adição de Si, no entanto, mitigou parcialmente a maioria dos danos causados pelo As às plantas, com maior TCR, redução na concentração de ROS e na atividade/níveis dos antioxidantes enzimáticos e não enzimáticos, além de reduzir as perdas fotossintéticas e na fluorescência da clorofila a. Conclui-se, portanto, que o Si exerce papel importante no aumento da tolerância de P. stratiotes ao As por meio de estímulos dos seus sistemas antioxidantes e imobilização do metaloide, fazendo com que as plantas acumulem maiores concentrações do poluente sem que, com isso, apresente os efeitos tóxicos sobre o seu metabolismo. Palavras-chave: Ácido monossilícico. Arsenito. Estresse oxidativo. Planta aquática.