Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Sturião, Walas Permanhane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/18695
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Resumo: |
O cálcio (Ca) e o boro (B) são nutrientes de grande importância para a nutrição do tomateiro, pois constituem um dos principais problemas no manejo dessa cultura, devido principalmente à deficiência e a consequente ocorrência de desordens fisiológicas como a má formação dos tecidos meristemáticos, o mal pegamento floral e a formação de frutos com o lóculo aberto e com podridão apical ou blossom end rot (BER). Ambos os nutrientes possuem características comuns, como: função estrutural e regulatória nas paredes e membranas celulares e baixa ou nula mobilidade, de modo que há uma relação entre Ca e B na nutrição vegetal. Diante da carência de informações relevantes e pelo avanço nos estudos sobre a nutrição cálcica e boratada do tomateiro, objetivou-se avaliar os efeitos da aplicação de doses de cálcio e boro, esse último em diferentes formas, sobre a fenologia, desempenho agronômico, estado nutricional e as possíveis alterações morfoanatômicas em folhas, caules e raízes de tomateiro tipo cereja (Solanum lycopersicum L.), em diferentes estádios fenológicos. Para isso, se desenvolveram três experimentos em sistema hidropônico de duas fases, em casa de vegetação, sendo os tratamentos: 1) cinco doses de Ca em solução nutritiva: 0,5; 1,5; 3,0; 6,0 e 10,0 mmol L -1 Ca; 2) quatro doses de B em solução nutritiva: 1,0; 10,0; 20,0 e 50,0 μmol L -1 B e 3) pulverizações quinzenais de três fontes de boro (ácido bórico, bórax e B-etanolamina), com ou sem o uso de adjuvante, em plantas recebendo 5 μmol L -1 B via solução nutritiva, sendo o fornecimento de 20 μmol L -1 B via radicular o tratamento controle positivo e 5 μmol L -1 B via radicular o controle negativo. O arranjo experimental foi em parcelas subdivididas no tempo, em DIC para os experimentos 1 e 2 e DBC para experimento 3, com quatro repetições. De acordo com o estádio fenológico do tomateiro: 1o) Crescimento vegetativo; 2o) Florescimento e início da frutificação; 3o) Plena frutificação e 4o) Colheita, procederam-se quatro avaliações, em que se tomaram os dados biométricos e de produção do tomateiro (número de folhas, flores e frutos; altura das plantas, área foliar total; massas secas de folha, caule e raiz; volume radicular; diâmetro do caule); os teores de nutrientes dos frutos dos cachos 1 e 3 e da folha índice de cada planta (a terceira a partir do ápice) e porções dos tecidos foliares, caulinares e radiculares para análises morfoanatômicas (não realizada no experimento 3). Realizou-se análise de variância e de regressão (α = 5%) para os dados quantitativos e procedeu-se a descrição qualitativa das características anatômicas. O ciclo fenológico do tomateiro cereja cv. Iracema, cultivado com doses crescentes de Ca em solução nutritiva foi de 115 dias e acúmulo de soma térmica de 1122,51 graus-dias. As plantas cultivadas sob deficiência de Ca em SN, com os tratamentos de 0,5 e 1,5 mmol L -1 Ca, apresentaram redução do crescimento, desenvolvimento e produção comparativamente às plantas cultivadas com os demais tratamentos, cujos sintomas visuais e anatômicos foram mais nítidos e graves a partir da fase de frutificação dos tomateiros, 97 DAS. As alterações anatômicas mais conspícuas nos tecidos foliares, caulinares e radiculares do tomateiro ao final do ciclo fenológico (115 DAS), foram causadas pela deficiência mais severa de Ca (0,5 mmol L -1 ), que promoveu um superdesenvolvimento do floema e aumento na espessura do limbo foliar, provocou lesões na região cortical do caule primário, com células hipertrofiadas e colapsadas e o encurtamento dos ápices radiculares em relação às primeiras raízes laterais. As melhores respostas às variáveis biométricas e produtivas, bem como o estado nutricional dos tomateiros são obtidas com doses estimadas de 6,0 a 7,0 mmol L -1 Ca em solução nutritiva. O aumento na disponibilidade de Ca promove aumento no aporte de Ca e redução nos teores de Zn, Cu e N-total na parte distal dos frutos. Os frutos do cacho 1 apresentam maiores teores de Zn, Cu, Mg e Fe. O ciclo fenológico do tomateiro cultivado com doses crescentes de B foi de 84 dias e o acúmulo de soma térmica de 1631,11 graus-dias. O tratamento 1 μmol L -1 B provocou grande limitação ao crescimento, desenvolvimento e produção do tomateiro e foi aquele que promoveu as maiores alterações anatômicas nos tecidos foliares, caulinares e radiculares do tomateiro: Na região da nervura principal de folhas a epiderme apresentou-se parcialmente colapsada e com menor desenvolvimento do colênquima. Na região internervural o tecido vascular se desenvolveu mais, principalmente o floema e o limbo se tornaram mais espesso. Nos caules as maiores alterações ocorreram na região da faixa cambial e dos tecidos vasculares secundários, com menor quantidade de tecidos vasculares secundários produzidos e a ausência de elementos de vaso típicos do xilema secundário, bem como menor espessamento das paredes celulares das fibras externas ao floema. As raízes se tornaram mais curtas, com diminuição da distância entre o ápice radicular e o aparecimento da primeira raiz lateral. A dose estimada de 35 μmol L -1 B resulta em melhor crescimento e produção do tomateiro cv. Iracema, com teores foliares de nutrientes na ordem de 24,5; 4,3; 43,8; 39,3; 5,7 e 4,0 g kg -1 respectivamente de N-total, P, K, Ca, Mg e S e 79,6; 41,3; 11,1; 166,2 e 89,2 mg kg -1 respectivamente de B, Zn, Cu, Mn e Fe. O aumento na disponibilidade de B promove maiores teores de nutrientes nos frutos e maior aporte de B, Fe e N-total na porção distal dos frutos do cacho 1. O tomateiro cv. tangerino F1 sob diferentes formas de nutrição boratada, apresentou ciclo fenológico de 106 dias e soma térmica de 1729 graus-dias. As pulverizações foliares promoveram algumas melhorias no crescimento, desenvolvimento e produtividade do tomateiro comparado com o tratamento controle-B, mas o fornecimento adequado de B via radicular (controle+B) foi o método mais eficiente para a nutrição boratada do tomateiro. As fontes B-etanolamina e ácido bórico foram aquelas que promoveram os melhores resultados de produção do tomateiro, comparativamente com a aplicação foliar de bórax. O uso do adjuvante não resultou em relevantes melhorias ao crescimento e produção do tomateiro. Foi evidente a relação antagônica no balanço das concentrações de B e Ca nos tecidos e órgãos do tomateiro sob diferentes formas de fornecimento de B. |