Agressividade de Alternaria tomatophila, A. grandis e A. solani em batateira e tomateiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Cardoso, Carine Rezende
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4387
Resumo: A pinta preta é uma das principais doenças da batateira e do tomateiro. No Brasil, a doença foi reportada ser causada por Alternaria solani, no entanto, recentemente, constataram-se as espécies A. grandis e A. tomatophila associadas à pinta preta em batateira e em tomateiro, respectivamente. Por se tratarem de espécies recentemente relatadas no Brasil, estudos relativos à especificidade por hospedeiro e requerimentos ecológicos ainda não foram realizados. Em outros países, há evidência de especificidade em populações de Alternaria spp., principalmente de A. solani, possivelmente em decorrência de diferenças de agressividade de indivíduos. No presente estudo quantificaram-se os efeitos de variáveis climáticas nos componentes epidemiológicos: área da lesão (AL), área abaixo da curva de crescimento micelial (AACCM), frequência de infecção (FI) e período de incubação (PI) associadas aos isolados de Alternaria spp. Estudaram-se 11 isolados de Alternaria spp.: 6 isolados de A. grandis, 4 de A tomatophila e 1 de A. solani, inoculados em batateira e tomateiro. Quantificaram-se os efeitos da temperatura sobre o crescimento micelial (15, 22, 25, 30 e 35 oC) e AL (18, 22, 25 e 30 oC) e os efeitos da duração do período de molhamento foliar (PMF) (2, 4, 8, 12, 24 h) sobre a FI e PI causados por Alternaria spp. Maiores valores de AL, FI e menores valores de PI foram observados em batateira, independentemente dos isolados inoculados. A alta suscetibilidade da cultivar de batata Opaline e o estádio fenológico o qual as plantas foram inoculadas, interferiram no resultado. A temperatura influenciou a AL de forma diferenciada conforme a combinação espécie - hospedeiro. Os isolados de A. grandis, A. solani e A. tomatophila, causaram maior AL em seus hospedeiros de origem; A. grandis foi mais agressivo que A. solani em batateira. Em batateira, maior AL associada a A. grandis e A. solani ocorreu tanto em temperaturas baixas como a 30 °C, mas 25 °C foi a temperatura ótima para AL associada a todas as espécies. A temperatura afetou o crescimento micelial de Alternaria spp. Maior crescimento foi constatado para isolados de A. grandis. A temperatura ótima para crescimento micelial de A. grandis, A. solani e A. tomatophila foi 24, 24 e 26 oC, respectivamente. A FI foi afetada pelo PMF, porém o efeito variou conforme a combinação espécie - hospedeiro. Os valores de FI foram semelhantes para todas as espécies, porém sob condições limitantes de 2 h de PMF, maiores valores de FI foram verificados para A. grandis em batateira. Em tomateiro, os valores de FI foram semelhantes para todos os isolados de Alternaria spp. No experimento realizado durante o inverno, não foram observados sintomas da doença em tomateiros inoculados com A. solani e houve desenvolvimento mais lento da pinta preta. Poucas diferenças foram verificadas em relação ao PI dos isolados de Alternaria spp., em ambos os hospedeiros, sob diferentes PMF. Há evidências de preferência ao hospedeiro em populações brasileiras de Alternaria spp. associadas à pinta preta em batateira e tomateiro apesar de A. grandis e A. tomatophila poderem causar doença em ambos hospedeiros.