Tratamentos alternativos para endometrite em fêmeas bovinas leiteiras
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Medicina Veterinária |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/31987 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.757 |
Resumo: | Os estudos na utilização do plasma rico em plaquetas (PRP) mostraram que as plaquetas atuam no processo de hemostasia, cicatrização de feridas e reepitelização, liberando diversos fatores de crescimentos que estimulam a angiogênese, a mitose celular, a quimiotaxia dos neutrófilos, macrófagos e fibroblastos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a eficiência do tratamento com plasma rico em plaquetas associado ou não a antibióticos e solução fisiológica, todos via intrauterina, em fêmeas bovinas positivas para endometrites pós-parto. A partir dos 21 dias pós-parto foram selecionadas 32 vacas, por meio de exame ultrassonográfico, com presença ou não de liquido no útero, sendo realizado as mensurações do diâmetro uterino e diâmetro dos 1o e 2o maiores folículos e contagem da população folicular do ovário direito e esquerdo. Foi feito lavado uterino de baixo volume com 100 mL de solução fisiológica a 0,9 % de NaCl, e amostras do lavado encaminhado para análises de laboratoriais. Posteriormente foram selecionadas 24 vacas positivas para endometrite pós-parto e oito vacas negativas para endometrite pós-parto, sendo distribuídas em 4 grupos com 8 animais cada, grupo 1: Tratamento com infusão intrauterina com plasma rico em plaquetas e antibiótico (n=8; PRP + ATB); grupo 2: Tratamento com infusão intrauterina com plasma rico em plaquetas (n=8; PRP); grupo 3: Tratamento com lavado intrauterino com solução fisiológica a 0,9 % de NaCl (n=8; controle positivo) e grupo 4: sem tratamento (n=8; controle negativo). O preparo do PRP foi de forma autóloga, por punção da veia jugular. Após a infusão dos tratamentos, de acordo com os respectivos grupos, foi aguardado nove dias e realizado novamente as avaliações ginecológicas e coletas de amostras para análises laboratoriais. Houve diferença (p<0,05), no grupo 3 e 4 observando a idade da categoria pluripara e primípara. Após o tratamento se observou na avaliação macroscópica do fluido uterino, melhora nos grupos 1 e 3 de 87,5 % e no grupo 2, melhora de 75 %. Na primeira avaliação da contagem do percentual de polimorfonucleares (% PMN) houve diferença (p<0,05) entre os grupos com e sem endometrite, e após o tratamento, na segunda avaliação, não houve diferença (p>0,05) entre os grupos, constatando a eficiência nos tratamentos. Comparando o % PMN nos animais com e sem infecção uterina nos parâmetros de idade, ordem de parto, escore de condição corporal, produção de leite e diâmetro uterino, não foi verificado diferença (p>0,05) entre os valores obtidos nos diferentes grupos de tratamento. No exame microbiológico, as bactérias mais frequentes foram Escherichia coli, Trueperella pyogenes e Klebsiella pneumoniae, não havendo diferença (p>0,05) entre os grupos estudados. Na atividade folicular se notou que na primeira e segunda avalição não houve diferença entre os diâmetros do 1° e 2° maiores folículos, totais de folículos, tanto no ovário direito como no ovário esquerdo (p>0,05). Diante do exposto, o plasma rico em plaquetas (PRP) se mostra uma excelente alternativa para tratamento em vacas com endometrite pós-parto, em detrimento aos tratamentos convencionais. Palavras-chave: Bovinos, infecção uterina e plasma rico em plaquetas. |