Bioecologia de Polyphagotarsonemus latus em acessos de pinhão manso (Jatropha curcas)
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3896 |
Resumo: | O ácaro branco Polyphagotarsonemus latus (Banks, 1904) (Acari: Tarsonemidae) tem sido relatado como uma das pragas mais importantes do pinhão manso Jatropha curcas L. no Brasil. No entanto, não existem informações sobre o potencial de desenvolvimento desta praga nos principais acessos de pinhão manso plantados no território nacional. Além disso, o controle de P. latus tem sido realizado utilizando-se acaricidas, sem o conhecimento das densidades populacionais, devido à inexistência de um sistema amostral desenvolvido em plantas de pinhão manso para esta praga.Assim nesse trabalho se propõe estudar os parâmetros biológicos de P. latus, seu potencial de crescimento populacional em acessos de pinhão manso, a susceptibilidade de acessos de pinhão manso a P. latus, os ácaros predadores e ainda determinar um plano de amostragem para P. latus neste hospedeiro. As informações obtidas foram distribuídas em três capítulos. No Capítulo 1, avaliou-se a biologia de P. latus e seu potencial de crescimento através da taxa intrínseca de crescimento populacional (rm) em laboratório e da taxa instantânea de crescimento populacional (ri) e as injúrias causadas pelo ácaro em casa de vegetação nos acessos de pinhão manso Filomena, Bento, Oracília, Gonçalo e Paraguaçú. No capítulo 2 determinaram-se a unidade amostral, a técnica amostral e o número de amostras mais representativos para compor o plano de amostragem de P. latus em plantas de pinhão manso. No capítulo 3, foi estudada a dinâmica populacional de P. latus em campo, em nove acessos de pinhão manso, com o intuito de conhecer as diferenças na infestação nos acessos, a sazonalidade do ataque e a importância dos ácaros predadores. P. latus foi capaz de completar seu ciclo e se reproduzir nos acessos Filomena, Bento, Gonçalo, Oracília e Paraguaçú. Não foi detectada diferença significativa na duração dos parâmetros biológicos e na fecundidade de P. latus entre os acessos de pinhão manso. As taxas de crescimento populacional em laboratório (rm) e em casa de vegetação (ri) foram semelhantes entre os acessos de pinhão manso. Os níveis de injúria de P. latus não diferiram entre os acessos de pinhão manso. Quanto ao plano de amostragem, a face da folha selecionada para a amostragem de P. latus em pinhão manso foi a abaxial e as posições ideais para amostragem são próximas ao pecíolo (P5 e P6) desta face. A contagem direta com lupa manual foi a melhor técnica amostral. As folhas mais representativas para amostragem de P. latus foram da 2ª a 4ª folha. Não foi observado ajuste dos dados amostrais a nenhuma distribuição de frequência, porém o número de amostras determinado para compor o plano de amostragem foi 79 amostras/lavoura, o que requer um tempo de 0,95 horas/amostragem e um custo de R$ 17,67 para a amostragem. No campo, os níveis de infestação de P. latus ao longo do tempo e o número de ácaros predadores não variaram entre os acessos de pinhão manso. Não foi observada correlação significativa entre os ácaros predadores da espécie Iphiseiodes zuluagai e as populações de P. latus, porém houve correlação positiva entre ácaros predadores Typhlodromalus spp., os fatores climáticos (precipitação, temperatura e fotoperíodo) e as densidades de P. latus em campo. O pico populacional de P. latus ocorreu nos meses de novembro e dezembro. |