Cartografias cotidianas: entrelaçando as práticas escolares e suas possibilidades de (re)invenções

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Fonseca, Poliane Lacerda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/19814
Resumo: Esta dissertação tem como objetivo apresentar uma pesquisa voltada para as relações estabelecidas nos cotidianos entrelaçados entre uma professora,26 crianças e eu, em especial as relações de gênero. Talvez seja possível afirmar que a instituição escolar é organizada segundo o poder hegemônico que deseja formar cidadãos cujas práticas sugerem adesão aos modelos de comportamento e de pensamentos dispostos socialmente. Entretanto, nas práticas cotidianas, os sujeitos fazem usos diferenciados dessas disposições, de acordo com suas necessidades, ora aceitando e incorporando-as, ora criando questionamentos, ora criando resistências. Foi a partir do interesse em visibilizar os questionamentos, as resistências cotidianas e a possibilidade de enxergar a escola como um lugar de criação que essa pesquisa aconteceu. O estudo teve como objetivo principal, portanto, mergulhar no cotidiano escolar, atentando para as redes tecidas nas práticas dos sujeitos que faziam parte desse ambiente e compreender os processos de (re)invenções em que crianças e adultos faziam diferentes usos de regras e outras imposições. Para isso utilizei como metodologia a pesquisa cartográfica, laçando mão de instrumentos como revisão bibliográfica, observações em uma sala de aula do 4o ano do Ensino Fundamental, em uma escola da rede estadual de ensino, no município de Viçosa-MG, e de entrevista narrativa com a professora responsável pela turma observada. Os resultados foram apresentados em forma de narrativas, em uma tentativa de que a minha aproximação com o campo e a minha vivência a partir de emoções, gestos e todos os sentimentos encontrados e experimentados possam influenciar as produções de mapas de pensamentos sobre essa aventura cartográfica. Em um constante diálogo estabelecido entre teoria e prática, os estudos nos/dos/com os cotidianos e os estudos de gênero fizeram parte desta tessitura, a partir das escritas de autores e autoras como Anderson Ferrari, Carlos Eduardo Ferraço, Felix Guattari, Gilles Deleuze, Guacira Lopes Louro, Joan Scott, Michel Foucault e Suely Rolnik, que serviram como fontes de aprendizado e inspiração para a produção textual.