Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2002 |
Autor(a) principal: |
Linch, Jaqueline Picetti |
Orientador(a): |
Becker, Maria Luiza Rheingantz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/16983
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Resumo: |
A dissertação de mestrado "Movimentos de Exclusão Escolar Oculta" faz parte de uma reflexão sobre a minha trajetória como aluna, educadora e pesquisadora. A pesquisa tem como objetivo construir uma trajetória psicopedagógica de análise e reflexão sobre o fenômeno da exclusão escolar oculta - que acontece na relação professor-aluno através dos gestos, expressões, falas e olhares -, confirmando e teorizando sua existência, visando contribuir para a educação na busca de novos olhares em relação aos alunos e alunas. O trabalho de campo foi realizado nas turmas de alfabetização de uma escola da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, havendo observação participante em sala de aula, reuniões de professores e conselhos de classe; entrevistas com as crianças e as professoras e análise dos pareceres de avaliação dos educandos. A escolha da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre ocorreu por ela conceber a escola como um espaço vivo e democrático, voltado para o trabalho com as classes populares. Organiza-se a partir de uma política de inclusão, abolindo da escola movimentos como assinatura de ocorrências, suspensão e expulsão dos educandos (exclusão explícita). O estudo deste fenômeno organizou-se a partir de três dimensões de análise - epistemológica, construção moral e relações entre saberes comunitários e conteúdos escolares - e teve como principal fonte teórica as idéias de Jean Piaget e contribuições de Paulo Freire. A partir da análise do trabalho de campo concluí que a exclusão escolar oculta acontece na relação professor-aluno que se estabelece no ambiente escolar, isto é, no cotidiano da sala de aula, a partir de diferentes movimentos. São ainda utilizadas algumas formas de procurar manter o controle em sala de aula, como: mandar quem "incomoda" para a diretora; enviar bilhetes de reclamação endereçados aos familiares; trocar crianças de turma; ignorar as dúvidas das que "importunam" etc. Estes movimentos, além de não promoverem uma interação em relação à construção da autonomia e do conhecimento, caracterizam-se como formas de exclusão escolar oculta. Atualmente, as crianças não se evadem mais da escola, pois seus familiares temem ações judiciais, mas tornam-se faltosas. |