Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Tommy Flávio Cardoso Wanick Loureiro de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6822
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Resumo: |
No território da Serra do Brigadeiro, importante pela rica biodiversidade, paisagens singulares e grande potencial agroecológico, inúmeras pesquisas sistematizaram e apontaram muitos benefícios do manejo agroecológico, em especial com sistemas agroflorestais. Estes benefícios foram também apontados pelas próprias famílias agricultoras, após anos de transição agroecológica. Dentre os benefícios, destacam‐se o aumento da quantidade e qualidade da água nas nascentes e cursos d’água de propriedades em transição agroecológica. Entretanto, ainda muitas propriedades permanecem com manejo convencional. O presente estudo foi desenvolvido buscando diagnosticar as principais fontes de poluição da água nas comunidades rurais dessa região e verificar os benefícios do manejo agroecológico na dinâmica da água. Inicialmente diagnosticou‐se a atual situação do saneamento básico nas comunidades localizadas no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (PESB), que influencia diretamente a qualidade da água e do solo. O estudo abrangeu todas as comunidades localizadas em uma área de 2 km ao redor dos limites do parque. O acesso aos serviços de saneamento básico são precários e podem estar afetando negativamente a qualidade da água de afluentes de rios importantes como o Doce e o Paraíba do Sul, na solução do problema de saneamento, especialmente em áreas rurais, devem ser consideradas soluções individuais, como algumas tecnologias sociais, que são acessíveis economicamente e tecnicamente eficazes. Em uma das Bacias Hidrográficas na área de amortecimento do Parque (a Bacia do São Joaquim) analisou‐se a qualidade da água, com o objetivo de determinar o índice de qualidade da água (IQA) em seis pontos. Dois destes pontos estão localizados em microbacias influenciadas pelo manejo tido como convencional e dois pelo manejo agroecológico, estando os outros dois pontos localizados à montante e à jusante da bacia hidrográfica. Relacionou‐se os IQAs obtidos com os diferentes tipos de manejo dos solos adotados na bacia. Os resultados encontrados permitem concluir que o sistema de manejo agroecológico adotado na bacia do rio São Joaquim contribuiu para conservação e recuperação da qualidade da água. Entretanto, por ainda não ser praticado em todas as propriedades, o manejo agroecológico não influenciou a qualidade da água da bacia hidrográfica como um todo. Ainda nesta Bacia determinou‐se a qualidade da água, indiretamente, através da análise histológica de lesões em peixes, um ótimo bioindicadores de poluição. As análises feitas também indicaram diferenças entre as microbacias agroecológicas e convencionais, e os resultados apontaram sinais de degradação da qualidade da água nas bacias convencionais, provavelmente influenciados pela contaminação das águas dessas propriedades por agrotóxicos. Todo estudo foi desenvolvido através de metodologias participativas, onde o diálogo entre o saber popular e científico foi importante na construção de um novo saber prático, acessível e, portanto, capaz de contribuir para solucionar problemas de poluição ambiental inerentes ao manejo convencional. Para isto é importante apoiar o processo de transição agroecológica já em curso em algumas propriedades do entorno do Parque. |