Efeito de diferentes tempos de exposição à luz Led vermelha em compostos bioativos de flores de capuchinha (Tropaeolum majus L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Amanda Lais Alves Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26553
Resumo: As flores comestíveis têm ganhado espaço na dieta humana com o intuito de obter sabores, aromas e cores diferenciadas e com benefícios para saúde. Desta forma, o presente estudo teve como objetivo investigar o efeito do tempo de exposição à lâmpadas de LED vermelho sob a produção de compostos bioativos em flores amarelas, alaranjadas e vermelhas de capuchinha. As plantas foram cultivadas em estufa com exposição à luz natural durante o dia e diferentes tempos de suplementação com lâmpadas de LED vermelho (2, 4 e 6 horas) durante a noite, além do controle sem exposição à luz LED. As flores foram coletadas, separadas em pétalas e sépalas e secas para obtenção do extrato hidroalcóolico e do extrato de carotenoides. As amostras foram avaliadas quanto à capacidade antioxidante, carotenoides totais, fenólicos totais, antocianinas, flavonoides, parâmetros de cor (L*, C* e h*) e teor de luteína em HPLC. Os resultados mostraram que para as pétalas amarelas, os pontos de máxima capacidade antioxidante foram encontrados em 3,03 horas para DPPH e 3,23 horas para ABTS. Pela técnica ABTS observou-se um aumento de 68,91% no conteúdo de antioxidante quanto comparado ao controle. O tempo para se obter a maior concentração de carotenoides em pétala amarela foi de 4,73 horas com teor máximo de 79,34 mg.g -1 . O valor obtido é mais que o dobro do teor de carotenoide encontrado nas pétalas da flor controle. Para as sépalas amarelas, as maiores capacidades antioxidantes foram encontradas nos tempos de 4,53 horas para DPPH e 3,69 horas para o método ABTS. As análises de capacidade antioxidante demonstraram que em pétala alaranjadas, essa variável não sofreu o efeito dos diferentes tempos de exposição (p>0,05). O ponto de máximo para fenólicos totais em pétalas alaranjadas foi de 128,13 mg AGE·100g -1 encontrado no tempo de 2,71 horas, um aumento em torno de 14% quando comparado a pétala alaranjada controle. Quanto ao teor de carotenoides o maior tempo estudado (6 horas) foi o mais eficiente para obter maior teor de carotenoides em pétalas e sépalas alaranjadas. Para pétalas foi possível observar um aumento de 16,15% no teor de carotenoides totais, já para sépala o valor foi de aproximadamente 100%. Em pétalas vermelhas foi possível observar, que o máximo de capacidade antioxidante (222,16 μmol de Trolox.g -1 ) foi obtida no tempo de 3,14 horas e é 37,13 % maior que a amostra controle. Para pétalas vermelhas destaca-se o elevado teor de antocianinas encontrado, desde a pétala controle (1389,92±8,86 mg.100g -1 ) até o ponto máximo (1973,10 mg.100g -1 ), com um aumento de 41,95% alcançado em 4,17 horas. Sépala vermelha foi a única amostra no qual se pode estabelecer um modelo matemático para a variável luteína analisada em HPLC, sendo que o maior teor (4,56 mg LUT.g -1 ) foi obtido no tratamento de maior tempo (6 horas), com um aumento significativo de 56,70%. Em relação aos parâmetros de cor, o tempo de exposição ao LED não apresentou efeito significativo, para pétalas e sépalas de nenhuma das cores analisadas. Os resultados demonstram o grande potencial de utilização da luz LED no estímulo da produção de fitoquímicos em flor de capuchinha.