Fisiologia do desenvolvimento e senescência de flores de capuchinha (Tropaeolum majus L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Tania Pires da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Controle da maturação e senescência em órgãos perecíveis; Fisiologia molecular de plantas superiores
Doutorado em Fisiologia Vegetal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/993
Resumo: Este trabalho teve por objetivos caracterizar fisiologicamente cinco estádios de desenvolvimento da flor de Tropaeolum majus L. quanto: a produção de etileno e CO2, metabolismo de carboidratos e conteúdo de pigmentos de antocianina. Assim como, verificar o efeito do etileno sobre a sensibilidade das flores a este hormônio, e avaliar os benefícios do 1- metilciclopropeno (1-MCP) e de soluções preservativas sobre a longevidade pós-colheita de flores de capuchinha. A produção de CO2 diminuiu com a abertura da flor e senescência. Houve aumento na produção de etileno nos três primeiros estádios de desenvolvimento, seguido pelo declínio acentuado nos últimos dois estádios. Independentemente da fase de desenvolvimento da flor, o amido foi o menor carboidrato não estrutural, açúcares solúveis totais aumentaram desde o estádio 1 ao 2, mantendo-se estáveis até o estádio 4, diminuindo posteriormente. O teor de antocianinas aumentou com a progressão da senescência da flor. No segundo e terceiro estádios, as concentrações iguais ou acima de 10 μL L-1 de etileno ocasionaram maior grau de murchamento das flores, e inibição do desenvolvimento dos botões do primeiro estádio. O 1-MCP foi eficiente em prolongar a longevidade pós-colheita de flores de capuchinha em qualquer concentração utilizada, até mesmo com a presença de etileno exógeno. O teor de antocianinas apresentou modificações quando na presença de etileno, mas não na presença de 1-MCP. O condicionamento das flores na forma de pulsing com sacarose não evitou a perda de matéria fresca, ou a senescência das flores, em nenhuma das concentrações ou períodos testados. Os tratamentos com aminoetoxivinilglicina (AVG) nos dois métodos de aplicação testados, ácido aminooxiacético (AOA) e ácido acetilsalicílico (AAS), não foram capazes de prolongar a longevidade pós-colheita das flores de capuchinha. O tratamento com maior capacidade de minimizar as perdas pós-colheita, entre todos os produtos testados, foi o tiossulfato de prata (STS), que prolongou a longevidade pós-colheita das flores em até 4 dias após a aplicação. Tanto o STS como somente a prata aplicada na forma de nitrato de prata (AgNO3) foram eficientes em minimizar as perdas de matéria fresca, e com isso manter a turgescência das flores, entretanto, a solução de STS, mostrou-se superior. Nenhum dos períodos testados, entre a aplicação da solução antietilênica seguida da solução de cobre, evitou a ação do etileno nas flores. Com isso, o cobre mostrou-se capaz de remover com eficiência a prata do sítio receptor do etileno, provocando assim, a ação do mesmo.