Suplementos múltiplos de auto controle de consumo e freqüência de suplementação, na recria de novilhos durante os períodos das águas e transição águas- seca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Zervoudakis, Joanis Tilemahos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11157
Resumo: Objetivando avaliar, no Experimento 1, o efeito de suplementos de auto controle de consumo sobre o desempenho e parâmetros da cinética ingestiva e digestiva de novilhos mestiços recriados em pastagem de Brachiaria decumbens durante o período das águas, utilizaram-se 24 animais mestiços não - castrados, com idade e peso médios iniciais de 12 meses e 172 kg, respectivamente, para o ensaio de desempenho; além de quatro novilhos mestiços fistulados no rúmen, abomaso e esôfago, para estudo dos parâmetros nutricionais. Forneceram-se sal mineral (SAL) e suplementos à base de: uréia, mistura mineral, milho grão triturado e farelo de soja (MFS); uréia, mistura mineral, farelo de soja e farelo de glúten de milho (FGFS); e, uréia, mistura mineral, farelo de trigo e farelo de soja (FTFS), com teor protéico médio de 53,60% de PB. Não se verificou efeito da suplementação sobre os ganhos médios diários (P>0,05), que foram de: 0,820; 0,950; 1,020 e 0,970 kg/animal/dia, respectivamente, para SAL, MFS, FGFS e FTFS. Não houve diferenças (P>0,05) entre os consumos de MS, MO, MS do pasto, MO do pasto, CT, FDN e CNF, que apresentaram valores médios de 9,66; 9,14; 8,19; 7,33; 6,18 e 1,24 kg/dia. Entretanto, verificaram-se efeitos significativos (P<0,05) para o consumo de PB, sendo que os animais suplementados apresentaram consumo de PB superior (51%) aos animais controle (SAL). Não houve influência da suplementação sobre a taxa de passagem ruminal (L) e o tempo médio de retenção total no trato gastrointestinal (TMRT), sendo os valores médios encontrados para L e TMRT de 0,0251 h -1 e 88,00 horas, respectivamente. Verificou-se efeito da suplementação sobre a concentração de amônia ruminal (NH 3 ) (P<0,05) e interação tratamento x tempo (P<0,05), sendo que a suplementação propiciou maiores concentrações de NH 3 (27,71 mg NH 3 /dl) em relação ao tratamento controle (SAL). A suplementação não influenciou as digestibilidades aparente total, ruminal e intestinal da MS, MO, CT, FDN e CNF (P>0,05). Verificou-se efeito da suplementação sobre a digestibilidade aparente da PB (P<0,05), sendo que as dietas contendo suplementos apresentaram maiores digestibilidade aparente da PB em relação ao controle. Verificou-se que os animais suplementados excretaram maiores quantidades de N – uréia na urina (95,28 g/dia)(P<0,05) em relação aos animais controle (46,90 g/dia). Não se verificou efeito dos tratamentos sobre a eficiência de síntese de proteína microbiana expressa nas diferentes formas. Objetivou-se, no Experimento 2, avaliar a influência de suplementos de auto controle de consumo sobre o desempenho e parâmetros ingestivos e digestivos de novilhos recriados em pastagens de Brachiaria decumbens durante o período de transição águas-seca. Utilizaram-se 28 novilhos mestiços, não castrados, com idade e pesos médios iniciais de 14-15 meses e 249 kg, respectivamente, para o ensaio de desempenho além de quatro novilhos mestiços fistulados no rúmen, abomaso e esôfago, para estudo dos parâmetros nutricionais. Forneceram-se sal mineral (SAL) e suplementos à base de: mistura mineral, sal comum e milho grão triturado (MGS); mistura mineral, uréia e milho grão triturado (UMG); e, mistura mineral, uréia, milho grão triturado e farelo de soja (UMGFS), com diferentes teores protéicos. Houve efeito da suplementação (P<0,05) sobre os ganhos médios diários, que foram de: 0,385; 0,380; 0,454 e 0,538 kg, respectivamente, para os tratamentos SAL, MGS, UMG e UMGFS. Os suplementos não propiciaram diferenças significativas para os consumos de MS, MO, MS do pasto, MO do pasto, CT; FDN e CNF, que apresentaram valores médios de 9,01; 7,85; 8,09; 7,39; 6,86; 5,69 e 1,23 kg/dia. Contudo, observaram-se efeitos significativos (P<0,05) quanto ao consumo de PB, sendo os maiores consumos de PB obtidos com a utilização dos suplementos UMGFS e UMG. Não se verificou efeito dos tratamentos (P>0,05) quanto aos parâmetros de cinética de trânsito de partículas, sendo os valores médios encontrados para L e TMRT de 0,018 h -1 e 106,93 horas, respectivamente. Verificou-se efeito da suplementação sobre a concentração de amônia ruminal (P<0,05) e interação suplementação x tempo (P<0,05). Obtiveram-se maiores valores de NH 3 para os suplementos UMGFS (31,25 mg/dl) e UMG (24,22 mg/dl). A suplementação não influenciou as digestibilidades aparente total, ruminal e intestinal da MS, MO, CT, FDN e CNF (P>0,05). Verificou-se efeito da suplementação sobre a digestibilidade aparente da PB (P<0,05), sendo que as dietas contendo o suplemento UMGFS apresentaram maiores digestibilidade da PB em relação aos demais tratamentos. Verificou-se maiores excreções de N-uréia e eficiência microbiana (P<0,05) para o suplemento UMGFS. Com o Experimento 3, objetivou-se avaliar a influência do fornecimento de suplementos múltiplos em diferentes freqüências, sobre o desempenho de novilhos recriados em pastagens de capim Mombaça durante o período das águas e período de transição águas - seca. Utilizaram-se 24 novilhos mestiços, não castrados, com idade e pesos médios iniciais de 10 meses e 138 kg, respectivamente, para o 1o ensaio (período das águas) e 20 novilhos mestiços, não castrados, com idade e pesos médios iniciais de 13 meses e 218 kg, respectivamente, para o 2o ensaio (período de transição águas-seca). No 1o ensaio forneceram-se o suplemento (10% mistura mineral, 40% milho grão triturado e 50% farelo de soja), em quantidades de 500g/animal, em diferentes freqüências semanais e o tratamento controle (SAL). No 2o ensaio forneceram-se o suplemento (10% mistura mineral; 5% uréia/sulfato de amônio; 42,5% farelo de trigo e 42,5% promil 21), em quantidades de 500g/animal, em diferentes freqüências semanais e o tratamento controle (SAL). Em ambos ensaios, não se verificou efeito da suplementação e das freqüências de suplementação sobre o desempenho dos animais (P>0,05).