Eficiência técnica e rentabilidade na produção de leite do estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Andrade, Viktor Alexander Brzeski
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9003
Resumo: Freqüentemente se pressupõe que a eficiência técnica é a principal condição para a rentabilidade dos sistemas de produção, mas não se sabe precisamente qual é magnitude do efeito da eficiência técnica sobre a rentabilidade em relação ao efeito causado pelos níveis tecnológico e de produção. Conhecer as inter- relações entre rentabilidade, eficiência técnica, nível tecnológico e nível de produção é importante para orientar a alocação de fatores e para hierarquizar as ações necessárias à melhoria da rentabilidade na atividade de pecuária de leite. Essa rentabilidade tem sido apontada como um dos principais motivos para o abandono da atividade por um grande número de produtores durante a última década. A fim de estudar essas inter-relações, foram utilizados dados de uma amostra composta por 194 produtores de leite do Estado do Rio de Janeiro,, referentes ao ano de 2002. Os produtores da amostra foram estratificados de acordo com o nível tecnológico e, posteriormente, conforme o nível de produção. A estratificação por nível tecnológico foi feita através da análise de Cluster, tendo sido obtidos três níveis: alto, médio e baixo. A análise das estatísticas descritivas mostrou que os produtores de maior nível tecnológico não são os que possuem maiores taxas de retorno do capital. O grau de eficiência técnica dos produtores foi obtido através de fronteiras de produção estocásticas, estimadas para cada estrato de nível tecnológico. Os produtores de menor nível tecnológico foram em média os mais eficientes tecnicamente, e os de maior nível tecnológico, os menos eficientes. Os produtores mais eficientes tecnicamente, em cada nível tecnológico, foram também os que obtiveram maiores taxas de retorno. Os escores de eficiência técnica também foram utilizados como variáveis dependentes em regressões (feitas para cada nível tecnológico), as quais buscavam identificar e quantificar os efeitos de algumas das variáveis determinantes sobre a eficiência técnica (produtividade das vacas, número de vacas em lactação por hectare, custo dos concentrados relativos ao preço do leite e gasto de mão-de-obra relativa ao preço do leite). A influência do nível de produção sobre a rentabilidade foi estudada em uma seção à parte, na qual se constatou que, independentemente do nível tecnológico, a produção de leite passa por um longo intervalo de dês-economia de tamanho. A conseqüência disso é que, a partir de certos volumes críticos, os aumentos no nível de produção precisam ser enormes, a fim de que se alcancem níveis em que haja economias de tamanho.