Isolamento e caracterização de bacteriófagos líticos de bactérias patogênicas associadas com mastite bovina
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Análises quantitativas e moleculares do Genoma; Biologia das células e dos tecidos Doutorado em Biologia Celular e Estrutural UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/242 |
Resumo: | A mastite bovina é a principal doença que acomete os rebanhos de gado de leite no Brasil e no mundo, sendo responsável por imensos prejuízos. Diversos microrganismos são causadores da doença, tais como Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus uberis, Streptococcus epidermidis, Corynebacterium bovis, Corynebacterium pyogenes e Candida albicans. De todos esses microrganismos S. aureus é o mais prevalente. Apesar da antibioticoterapia ainda ser o procedimento mais utilizado no tratamento da mastite bovina, buscam-se meios alternativos para o tratamento devido à crescente preocupação com a presença de resíduos de antibióticos no leite e com a seleção de cepas bacterianas resistentes. Os resíduos de antibiótico, além de interferirem na produção dos derivados, inviabilizando muitas vezes a produção destes, representam também riscos à saúde pública, existindo relatos de reações de hipersensibilidade após o consumo de leite com presença de penicilina. A utilização de bacteriófagos como ferramenta real no controle de patógenos é uma alternativa ao tratamento. Para tanto, esse trabalho averiguou a prevalência da mastite bovina na região da zona da mata mineira, que apresentou uma porcentagem de 19,19%. Foi realizado o isolamento e a identificação das bactérias a partir do leite mastístico. Pôde-se perceber que as bactérias do gênero Staphylococcus foram as mais prevalentes, representando 77,22% dos isolados. Algumas cepas isoladas foram submetidas ao teste de antibiograma, para a averiguação da susceptibilidade dessas bactérias a determinados antibióticos. Verificou-se que 65% e 60% das cepas de Staphylococcus aureus testadas eram resistentes à penincilina e à ampicilina, respectivamente. Foram isolados 10 bacteriófagos capazes de infectar S.aureus. Esses fagos foram avaliados quanto ao seu potencial lítico, sua especificidade e sua termoestabilidade. Além disso, foi feita a caracterização desses fagos quanto ao tipo de material genético, ao tamanho desse genoma e ao perfil protéico que eles apresentam. Todos os fagos isolados apresentaram o mesmo perfil protéico e com um genoma de DNA de aproximadamente 175 kb. Por meio da microscopia eletrônica, verificou-se que os fagos eram caudados, sendo classificados na família Myoviridae. |