Exposição crônica a baixas concentrações do inseticida endosulfan altera a capacidade antioxidante de morcegos frugívoros (Artibeus lituratus, Olfers, 1818)
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biologia e Manejo animal Mestrado em Biologia Animal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/2279 |
Resumo: | Fatores exógenos como metais pesados, radiação, poluição ambiental e pesticidas induzem o estresse oxidativo em vários tecidos animais. A exposição de morcegos frugívoros a concentrações biologicamente ativas de pesticidas causa bioacúmulo em seus tecidos e pode reduzir suas populações. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações nas enzimas antioxidantes nos tecidos do morcego frugívoro Artibeus lituratus exposto cronicamente ao inseticida endosulfan. Morcegos machos (n = 21) foram capturados com redes de neblina em fragmentos de Mata Atlântica em Viçosa- MG e mantidos em gaiolas individuais no morcegário do Museu de Zoologia- UFV. Porções de fruta (mamão) foram imersos em solução de endosulfan (0,00; 1,05 g/L; 2,1 g/L) com espalhante adesivo (0,015g/L) e oferecidos aos animais (n= 7 por grupo). As frutas foram oferecidas durante 35 dias com a casca voltada para cima visando simular a situação enfrentada por morcegos na natureza. Após tratamento foram mensurados os produtos do estresse oxidativo e enzimas antioxidantes em diversos tecidos. No fígado foi avaliada a peroxidação lipídica, proteínas carboniladas e a Glutationa total, e as enzimas antioxidantes: Catalase (CAT), Superóxido dismutase (SOD) e Glutationa S- transferase (GST). No tecido nervoso e rim foram avaliados a peroxidação lipídica e as enzimas CAT, SOD e GST, e nos testículos foram avaliadas as enzimas SOD e CAT. Em animais tratados com solução a 2,01 g/L, a atividade hepática das enzimas SOD e CAT diminuiu e a GST aumentou, quando comparados ao grupo controle. A Glutationa não apresentou diferença entre os tratamentos, assim como a peroxidação lipídica e as proteínas carboniladas. Nos rins, a CAT também apresentou declínio em todos os tratamentos, e a SOD sofreu declínio somente nos animais tratados com 1,05 g/L. No tecido nervoso a enzima CAT aumentou e a SOD diminuiu no tratamento End 1,05 g/L quando comparados ao controle. Tanto no tecido nervoso quanto nos rins os animais tratados não apresentaram 9 viiialterações na peroxidação lipídica. Nos testículos, SOD e CAT não apresentaram alterações comparadas ao controle. As alterações nas enzimas antioxidantes observadas em morcegos frugívoros A. lituratus expostos ao inseticida endosulfan sugerem que estes animais sofreram estresse oxidativo. Os resultados indicam que estes animais são vulneráveis à exposição a doses comerciais do inseticida endosulfan, e que enzimas antioxidantes podem ser utilizadas como biomarcadores de toxicidade ambiental em morcegos. |