Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Souza, Catarina Soares de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7718
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Resumo: |
Entre as muitas funções que os avós desempenham está a de cuidar dos netos, inclusive da sua saúde bucal. A doença cárie dentária é considerada um problema de saúde pública de etiologia complexa. Nesse sentido, torna-se relevante entender o papel dos avós no âmbito familiar e sua relação com a saúde bucal dos netos. Supõe-se que a vivência dos avós pode contribuir com a saúde bucal infantil. Diante dessa realidade surgiu o questionamento: de que forma as experiências passadas, as atitudes, as crenças e os valores dos avós podem influenciar no cuidado com a saúde bucal dos netos no cotidiano familiar? O presente estudo objetivou compreender o papel desempenhado pelos avós em relação à saúde bucal dos netos no cotidiano familiar e especificamente, descrever as atitudes e os cuidados com a saúde bucal que os avós vivenciaram no passado e os cuidados com a saúde bucal dos netos realizados por eles, além de investigar o significado, a motivação dos avós, bem como identificar suas crenças e seus valores referentes à saúde bucal. Optou-se pela pesquisa qualitativa, do tipo estudo de casos múltiplos, ancorada na Teoria Bioecológica do Desenvolvimento Humano (TBDH). A pesquisa foi realizada no Setor Odontológico da Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa (DSA/UFV) com 19 avós, sendo 14 mulheres e 5 homens. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e para a análise utilizou-se a técnica de Análise Categorial Temática e análise textual pelo software Alceste © . Os objetivos do estudo foram alcançados e com base nos resultados conclui-se que os avós participantes da pesquisa constituem um grupo heterogêneo, com idade média de 59 anos, pertencentes a famílias com estabilidade salarial. As experiências passadas dos avós foram de uma infância marcada pela falta de conhecimentos e orientações dos pais sobre saúde bucal; precariedade de recursos materiais e de assistência odontológica; sendo que o medo odontológico ainda os acompanha. Os avós participam dos cuidados com a saúde bucal dos netos, com destaque para os avôs; entretanto, eles foram mais permissivos em relação ao consumo de guloseimas pelos netos, o que gera conflito entre os avôs e os seus filhos. O contato próximo, o comportamento dos netos e o contexto familiar interferem na realização da higiene oral infantil pelos avós. O desempenho do papel das avós teve uma relação direta com o limite que elas determinaram em suas atribuições em relação ao cuidado dos netos. As crenças em relação à saúde bucal se mantêm na vivência dos avós e são sempre acompanhadas de uma dúvida sobre sua veracidade ou não. Percebeu-se que os avós adquiriram conhecimentos sobre os cuidados com a saúde bucal a partir das experiências que tiveram com os filhos e não a partir de suas próprias experiências passadas. Eles valorizam a saúde bucal e usufruem das oportunidades que lhes são apresentadas em termos de tratamentos odontológicos e a estendem aos filhos e aos netos. Por fim, o estudo indica a necessidade de mais pesquisas com os avôs, com os “avós precoces” e aos pertencentes de famílias de baixa renda e reitera que as políticas públicas estimulem e reconheçam os avós como promotores da saúde bucal infantil. |