Diagnóstico da competitividade na cadeia produtiva de carne de rã-touro no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Carvalho, Luiziane Teixeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos
Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/453
Resumo: A carne de rã-touro possui todos os aminoácidos essenciais para o homem, com elevado teor de proteína, apresenta boa digestibilidade, biodisponibilidade de cálcio, baixo teor de lipídios, sódio e calorias. É considerada importante fonte de proteína para pessoas alérgicas, com intolerância alimentar, com osteoporose e pessoas convalescentes. Este trabalho teve por objetivo realizar um diagnóstico da competitividade na cadeia produtiva de carne de rã-touro, nos segmentos de produção primária, indústria e varejo, no Estado do Rio de Janeiro. A metodologia utilizada foi a descrita por Silva e Batalha (2000), que utiliza a base de uma análise de competitividade por direcionadores de Tecnologia, Gestão interna, Relação de mercado e Agente institucional, aplicada nos segmentos de produção primária, indústria e varejo. O diagnóstico revelou uma estrutura de cadeia diferente daquela usada como referencial apresentando-se dividida em 2 sistemas: A e B, no segmento industrial, ou seja, a cadeia está dividida entre o abate clandestino e o abate formal. Foram realizadas 30 entrevistas com ranicultores, sendo 13 produtores inseridos no sistema A e 17 no sistema B. Setenta porcento dos ranicultores têm a criação de rã-touro como atividade secundária. A partir da análise da cadeia produtiva foram identificados vários obstáculos para a competitividade em todos os direcionadores de competitividade avaliados. A produção foi avaliada como insuficiente o que gera custos elevados de abate e comercialização, impondo uma descoordenação da cadeia produtiva e abrindo espaço ao abate clandestino. Ao mesmo tempo em que também inviabiliza a fabricação de produtos industrializados, impedindo a inserção de novos produtos e ampliação do mercado. O preço elevado do produto final restringe o mercado de comercialização. As propostas formuladas visando a competitividade da cadeia englobavam a realização de cursos para melhoria das técnicas e tecnologias empregadas na criação, capacitação de técnicos para assistência técnica, criação de um programa de crédito específico para ranicultura, realização de campanhas esclarecimento da população quanto ao consumo de carne não fiscalizada, e principalmente apoiar o aumento da produção e comercialização de carne de rã. Assim além dos investimentos em políticas publicas para incentivar a criação é importante atrair investimentos de empresas de outros produtos cárneos e com capacidade de gestão da cadeia produtiva. Pois foi identificado que o principal gargalo da cadeia produtiva está na indústria, em função desse segmento não conseguir coordenar a cadeia. Portanto, para romper os gargalos o ranicultor deve desempenhar o seu papel, ou seja, criar os animais e planejar melhor a sua produção, e a indústria desempenhar seu papel de abate e coordenação da cadeia.