Balanço energético em cultivos orgânicos de hortaliças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Souza, Jacimar Luis de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Doutorado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/1085
Resumo: A preocupação com a preservação dos recursos naturais e com a saúde humana têm sido marcantes nas últimas décadas. Por isto a agricultura orgânica tem se desenvolvido muito em diversos países, inclusive no Brasil, buscando atender a estes anseios da sociedade. Esta missão só poderá ser atingida de forma eficiente, se esta agricultura for implementada em bases agroecológicas e com comprovada sustentação energética. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar o desempenho energético de cultivos orgânicos de hortaliças, no período de 10 anos, visando atestar as eficiências energéticas das culturas e compará-las àquelas dos cultivos convencionais da região. A metodologia adotada foi a de monitoramento de campos de produção de dez culturas, no período de 1991 a 2000, na área experimental de agricultura orgânica do INCAPER, em Domingos Martins, região serrana do Espírito Santo. Procedeu-se à quantificação dos coeficientes técnicos do sistema orgânico, convertendo suas grandezas físicas em equivalentes energéticos, expressos em kcal. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva e as comparações entre as médias do sistema orgânico, com aquelas do sistema convencional da região, estabelecido como referência populacional, foram realizadas pelo teste t . O sistema orgânico consumiu, em média, 4.571.159 kcal ha-1 e apresentou 12.696.712 kcal ha-1 de energia inserida na colheita, mostrando-se eficiente na conversão de energia, com um balanço energético médio de 2,78. O tomate apresentou o menor balanço (0,97) e a batata-doce o maior balanço (6,58). O repolho se destacou com a maior produção de proteínas (77,45 kg ha-1) e menor custo protéico (45.733 kcal kg-1). Os componentes de maior participação nos gastos calóricos foram: embalagem (35,9%), seguida por composto orgânico (17,2%), irrigação (12,6%), sementes/mudas (12,4%) e mão-de-obra (11,0%). Na comparação entre os sistemas, foram registradas diferenças estatísticas para algumas variáveis, dependendo da cultura analisada. Na comparação entre as médias dos sistemas orgânico e convencional, não foram observadas diferenças estatísticas para as variáveis analisadas, mesmo havendo diferenças numéricas marcantes entre algumas delas, como nas entradas de energia (4.571.159 e 6.766.464 kcal ha-1, respectivamente) e no balanço energético (2,78 e 1,93, respectivamente).