Avaliação da combustibilidade e combustão espontânea do carvão vegetal de Corymbia e Eucalyptus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Guirardi, Bruna Duque
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciência Florestal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br/handle/123456789/33767
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2025.151
Resumo: O Brasil é líder mundial na produção de carvão vegetal, sendo boa parte destinado para a indústria siderúrgica, utilizado como termorredutor. Essa utilização do carvão vegetal nesse setor o torna destaque para a produção do “aço verde”. Logo, há diversos estudos e tecnologias que visam otimizar todos os processos desse sistema produtivo, elevando cada vez mais o rendimento e qualidade do produto. No entanto, ainda há muitos desafios a serem contornados pelo setor, sendo um deles o alto custo do transporte pela classificação do carvão vegetal como carga perigosa. A Agência Nacional de Transporte Terrestre na Resolução nº 5998/22 e suas instruções complementares, classifica o carvão vegetal como carga perigosa, na classe 4.2, sendo essa pertencentes os materiais com risco de combustão espontânea. Porém, ainda não há evidências cientificas suficientes para entender se realmente o carvão vegetal é susceptível a combustão espontânea, sendo necessário estudos para suprir essas questões. Diante disso, o objetivo desse estudo é compreender a influência de diferentes carvões vegetais, com propriedades diferentes, utilizados no setor, na combustibilidade e susceptibilidade a combustão espontânea desses. E adicionalmente reunir informações sobre as atuais regulamentações vigentes para o transporte de carvão vegetal no país, facilitando o seu entendimento para o setor. Esse estudo foi divido em três capítulos. O capítulo 1 teve como objetivo revisar sobre as regulamentações e informações inerentes ao transporte terrestre de carvão vegetal no Brasil, com o objetivo de facilitar o entendimento para contribuir em futuros questionamentos e resoluções para a simplificação do transporte de carvão vegetal a nível nacional. A principal legislação e regulamentação para transporte de carvão vegetal é a Resolução ANTT nº 5998/22 e suas instruções complementares. Que contém as regras para o transporte desse produto quando enquadrado como carga perigosa, em nível nacional. Ainda, no estado de Minas Gerais, estado com maior produção de carvão vegetal, encontra-se a Lei nº 22.805/2017, que estabelece medidas relativas ao transporte de produtos perigosos no estado, entre as medidas a obrigatoriedade de possuir um plano de Ação de emergência (PAE), podendo acarretar mais custos no transporte de carvão vegetal. O capítulo 2 teve como objetivo avaliar a ocorrência ou não da combustão espontânea de carvões vegetais de Corymbia e Eucalyptus, com diferentes teores de umidade, de acordo com o Manual de Ensaios e Critérios (Recomendações Sobre o Transporte de Mercadorias Perigosas) pela ONU. Para os ensaios de combustão espontânea, tanto as umidades estudadas quanto o material genético utilizado para a produção do carvão vegetal, não influenciaram na susceptibilidade a combustão espontânea. O capítulo 3 teve como objetivo avaliar duas granulometrias diferentes das amostras de carvões vegetais de Eucalyptus sp., com diferentes teores de carbonos fixos, na combustibilidade e no teste de combustão espontânea. O ensaio de combustão espontânea foi influenciado pelo teor de carbono fixo do carvão vegetal e sua granulometria. O resultado positivo para esse ensaio foi encontrado apenas no carvão vegetal com teor de carbono fixo de 68% e granulometria menor de com aproximadamente 5x2,5x2,5 cm. Esses resultados evidenciam a importância de boas práticas no transporte de carvão vegetal, sendo esses transportados com teores de carbono fixo acima de 68%, para não ocorrer o risco da suscetibilidade na combustão espontânea nesse material. Palavras-chave: Carga perigosa; Subclasse 4.2; Termorredutor; Combustão Espontânea; Siderurgia