Efeito da estocagem na qualidade do carvão vegetal de híbrido de Corymbia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carvalho, Amanda Ladeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Ciência Florestal
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30683
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.118
Resumo: A estocagem do carvão vegetal consiste em armazená-lo em silos, containers, galpões ou até mesmo em pátios, podendo esses serem abertos ou cobertos, para ser utilizado em época de maior demanda e/ou estratégicas de preço e abastecimento. Acredita-se que o carvão vegetal durante o período de estocagem possa vir a modificar suas propriedades físicas e energéticas, em virtude da friabilidade e variações de umidade no ambiente. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do tempo e das condições de estocagem na qualidade do carvão vegetal. Foi analisado carvões vegetais de clone híbrido de Corymbia citriodora x Corymbia torelliana, produzidos em sistema fornos-fornalha. O trabalho foi dividido em dois experimentos, a saber: I) carvões vegetais armazenados em dois ambientes, fechado e semiaberto. Em ambos os ambientes foram instaladas pilhas com carvão vegetal na condição seca, ou seja, no teor de umidade de equilíbrio (≈5%), e outra em condição úmida (≈10%), ou seja, adicionou-se água para simular alteração do teor de umidade quando da necessidade de adição de água para apagar foco de fogo durante abertura dos fornos. II) O segundo experimento consistiu em armazenar o carvão vegetal embalado em sacos de ráfia e sacos de papel, além do armazenamento em pilhas (sem embalagem). Para ambos os experimentos, o período de avaliação da estocagem foi de aproximadamente 120 dias (4 meses). Determinou-se o teor de umidade, friabilidade, densidade a granel, composição química imediata e poder calorifico. De acordo com os resultados, no experimento I, durante o período de baixa pluviosidade, o local de estocagem não teve efeito significativo nas propriedades físicas e químicas do carvão vegetal, somente na friabilidade, que aumentou 40%, em média, ao longo do tempo. Durante o período chuvoso, o ambiente de estocagem semiaberto não ofereceu proteção suficiente, resultando no aumento do teor de umidade do carvão vegetal estocado, promovendo redução de 16% no poder calorifico útil e aumento da densidade a granel devido ao aumento da quantidade de água por mesma unidade de volume. Quanto ao tipo de embalagem para estocagem do carvão vegetal (experimento II), verificou-se diferença entre as formas de armazenamento, porém pouco expressivas, o carvão vegetal estocado em sacos de papel teve menor impacto na sua qualidade, principalmente na geração de finos. Conclui-se que a estocagem do carvão vegetal em local fechado e embalado em sacos de papel confere maior proteção ao carvão vegetal quanto a sua qualidade, quando há necessidade de armazenamento por longos períodos. Palavras-chave: Friabilidade. Siderurgia. Armazenamento. Cocção. Teor de umidade