Efeitos do crédito rural sobre o crescimento econômico e o bem-estar nas regiões brasileiras sob diferentes hipóteses de mobilidade dos fatores de produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pinto, Talita Priscila
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6347
Resumo: O presente trabalho investiga os efeitos da mobilidade dos fatores produtivos sobre o crescimento econômico e o bem-estar social gerado pela política de Equalização das Taxas de Juros (ETJ) e pelo crédito subsidiado ao setor agrícola nas regiões brasileiras. Utiliza-se o Projeto de Análise de Equilíbrio Geral da Economia Brasileira (PAEG), que é um modelo estático, multiregional e multissetorial. São analisados três cenários. No primeiro cenário todo o subsídio concedido via ETJ à agropecuária e o crédito rural subsidiado a esse setor são eliminados, e todo esse crédito é realocado entre os diversos setores da economia. O cenário é analisado considerando três diferentes situações de mobilidade dos fatores produtivos; ausência de mobilidade, mobilidade perfeita e mobilidade parcial. Todos os resultados da pesquisa são apresentados com os sinais trocados a fim de analisar os efeitos da política ETJ e do crédito subsidiado. Os resultados referentes ao primeiro cenário indicam que as regiões brasileiras sofrem impactos gerados pela política ETJ e pelo crédito subsidiado e esses resultados se mostram sensíveis às diferentes mobilidades dos fatores. Na análise onde se considera a ausência de mobilidade, a região Sudeste é a única que apresenta variação negativa no PIB, todas as outras regiões apresentam crescimento econômico mediante a política ETJ, porém ela apresenta retornos negativos na geração do crescimento econômico, isto é, o custo do subsidio é maior que o aumento do PIB. Com total mobilidade de fatores Sudeste, Norte e Nordeste apresentam PIB negativo após o choque. As regiões Centro Oeste e Sul apresentam variação positiva no PIB e a política apresenta taxa de retorno positiva para essas regiões, mas não para o país. Para a análise em que se considera mobilidade parcial, Norte e Nordeste percebem variação negativa do PIB, e as regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste apresentam variação positiva do PIB, mas a política apresenta taxa de retorno negativa em termos de geração de crescimento. Quando se considera a análise em termos de bem-estar, os efeitos do choque são positivos para todas as regiões brasileiras, sob o efeito das diferentes mobilidades de fatores analisadas. No segundo cenário, removem-se do ambiente econômico o subsídio e o crédito gerados pela política ETJ, sob uma análise com mobilidade parcial dos fatores produtivos, considerando que os demais setores da economia, dada as taxas de juros cobradas no mercado, não demandariam esse volume de crédito. Os resultados mostram que a xiipolítica gera um expressivo crescimento tanto no PIB quanto no bem-estar das regiões brasileiras e do Brasil. Os resultados também mostram que os retornos gerados pela política sobrepõem-se aos seus custos. No terceiro cenário, se remove da agropecuária o subsídio e todo crédito gerado pela política de ETJ, e realoca-se 50% desse crédito entre os setores da economia. Nessa análise considera-se que os demais setores da economia conseguem captar apenas parte do volume de crédito que é retirado da agropecuária. Os resultados caminham na mesma direção do segundo cenário, porém apresentam uma dimensão menos expressiva. Os resultados confirmam a alta taxa de retorno do subsidio e do crédito rural na geração de crescimento econômico e bem-estar para todas as regiões brasileiras.