Redução da contaminação de castanhas por Aspergillus flavus e aflatoxina B1 utilizando tecnologias físicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Alves, Aline Inacio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/26551
Resumo: A contaminação por aflatoxinas é um problema sério no Brasil principalmente devido às condições climáticas (umidade e alta temperatura), às práticas de agricultura e as condições de estocagem, sendo a Aflatoxina B1 (AFB1) a de maior potencial carcinogênico. Os grãos e castanhas são os principais alvos dos fungos responsáveis pela produção desta toxina. Visando a solução deste problema o objetivo deste trabalho foi estudar a aplicação de luz ultravioleta pulsada (UV-p) e plasma frio a baixa pressão (PFBP), na eliminação do fungo Aspergillus flavus e na redução da Aflatoxina B1 em solução aquosa e em castanhas de caju e do Brasil. Inicialmente, A. flavus foi artificialmente inoculado em castanhas de Caju e do Brasil que foram tratadas com PFBP por 30 minutos e UV- -2 . Após o tratamento com plasma, a inativação de A. flavus em castanha do Brasil foi de 4 ciclos log e em castanha de Caju foi de 3 ciclo log. As castanhas tratadas com UV-p tiveram redução de 4 ciclos logs para os dois tratamentos. A Aflatoxina B1 em solução aquosa foi tratada com UV-p e PFBP e obteve-se redução de 95% e 84%, respectivamente. A degradação da AFB1 mostrou seguir uma cinética de reação de primeira ordem (R 2 ). Após o tratamento com UV-p foram identificados formação de 4 compostos e para o PFBP 2 compostos foram formados e identificados utilizando cromatografia líquida de ultra-desempenho - espectrometria de massa acoplado ao sistema de Quadrupolo / Tempo de Voo (UPLC-Q-TOF MS). A toxicidade da AFB1 usando Artemia Salina foi significativamente diminuída. Por último foi realizado um estudo com as castanhas que foram inoculadas com AFB1 e tratadas. de UV-p reduziu 58% de AFB1 em Caju e 91% em castanha do Brasil. O PFBP reduziu 73% de AFB1 em Caju e 65,3% em castanha do Brasil. Foram realizadas avaliações de compostos fenólicos, capacidade antioxidante e oxidação lipídica nas castanhas antes e após os tratamentos. Não houve alteração na capacidade antioxidante e índice de peróxido. Houve alteração na acidez das castanhas de caju e quanto aos compostos fenólicos observou-se redução nas duas castanhas após aplicar o PFBP. Os resultados obtidos sugerem que as tecnologias tem um potencial promissor para degradar, desintoxicar produtos contaminados com AFB1.