Enzimas celulolíticas fúngicas e aplicação no branqueamento de polpa Kraft e na sacarificação de biomassa lignocelulósica
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Bioquímica e Biologia molecular de plantas; Bioquímica e Biologia molecular animal Doutorado em Bioquímica Agrícola UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/326 |
Resumo: | O bagaço de cana-de-açúcar é um subproduto com elevada concentração de carboidratos e disponível em grande quantidade. É constituído por celulose, hemicelulose e lignina, que juntas formam um complexo extremamente resistente ao ataque de microrganismos. Muitos fungos produzem enzimas hidrolíticas, como celulases e hemicelulases, capazes de promover a hidrólise desta biomassa, liberando açúcares para a fermentação. Este trabalho visou a caracterização de enzimas fúngicas e algumas de suas possíveis aplicações industriais. Neste contexto, foi realizada a produção, purificação e caracterização bioquímica de uma xilanase de Fusarium oxysporum e sua aplicação no processo de branqueamento de polpa Kraft e na sacarificação de bagaço de cana. A xilanase exibiu massa molecular de aproximadamente 21 kDa no SDS-PAGE. A proteína foi purificada através de ultrafiltração e cromatografia de troca iônica e de exclusão molecular. A xilanase exibiu máxima atividade a 60 ºC e pH 6,0. A enzima foi capaz de hidrolizar substratos como xilana birchwood e xilana oat spelts. Os valores de KM e Vmax, utilizando o substrato xilana birchwood, foram 0,85 mM e 0,23 μM/min, respectivamente. A atividade enzimática foi inibida por SDS, Fe+2, Cu+2, Al+3, dentre outros e foi ativada por Mg+2. A xilanase exibiu alta termoestabilidade a 50 ºC, com t1/2 de 26,1 h, o que pode ser importante para futuras aplicações industriais. A enzima aumentou significativamente a taxa de hidrólise do bagaço de cana alcalinamente tratado, quando adicionada a um coquetel de celulose comercial. Foi avaliada também a ação da xilanase em testes de branqueamento de polpa Kraft, nos quais a adição da enzima ao licor de branqueamento promoveu decréscimo do número Kappa. Neste trabalho também foi realizada a clonagem de uma endoglicanase B produzida pelo fungo filamentoso Aspergillus niger e sua caracterização in silico. Foram executadas análises computacionais com o fragmento sequenciado, como predição de peptídio sinal e modificações pós-traducionais. A proteína clonada foi designada AncEGLB (endoglicanase B de A. niger clonada). Foram realizados também, alinhamentos múltiplos de sequencia com outras celulases. |