Fatores econômicos e culturais da sucessão na agricultura familiar: um estudo sobre o Oeste Catarinense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Adriana Maria da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Instituições sociais e desenvolvimento; Cultura, processos sociais e conhecimento
Mestrado em Extensão Rural
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4124
Resumo: A agricultura familiar é responsável por grande parte do abastecimento alimentar, pela maioria da ocupação produtiva e por manter ativa grande parte das características culturais fundamentais do rural brasileiro. No entanto apesar, de sua expressividade na produção agrícola e capacidade de interação com outras atividades econômicas e sociais, a literatura vem apontando que os estabelecimentos familiares estão passando por um redirecionamento nas relações socioculturais e econômicas buscando sustentar um sucessor na propriedade. Neste contexto, o referido trabalho tem como objetivo analisar o processo de sucessão na agricultura familiar no Extremo Oeste Catarinense, tentando compreender o peso dos fatores socioculturais na saída ou na permanência do jovem no meio rural. Para tanto, realizamos pesquisa teórica e empírica, em três microrregiões no Oeste de Santa Catarina, que apresentam aspectos distintos no processo de colonização. Como fatores intervenientes aos processos sucessórios, a região, mantém traços socioculturais heterogêneos referentes, à religiosidade e descendência, principalmente entre os agricultores familiares, responsáveis pela colonização das microrregiões de estudo. Como resultados da pesquisa, encontramos nas famílias de agricultores fatores socioculturais internos a famílias de agricultores familiares como grandes responsáveis pela migração dos jovens do meio rural, principalmente ao que se refere ao poder patriarcal. A pesquisa evidenciou ainda que, a migração dos mais jovens é vista pelos atuais gestores, como meio de manter um filho na propriedade como sucessor, dando a este estabilidade econômica e condição de manter a propriedade produtiva e rentável.