Caracterização das Modificações Pós-Traducionais das Proteínas Cristalinas Alfa, Beta e Gama do Cristalino de Felis catus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Angelo Bruno Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/29227
Resumo: Existe o consenso na literatura veterinária de que a incidência de catarata em gatos é geralmente menor do que em cães e em outros mamíferos. Contudo, os estudos moleculares das proteínas do cristalino de gatos, por serem escassos, não explicam essa diferença de incidência. Neste sentido, iniciamos estudos proteômicos do cristalino de gatos saudáveis a fim de caracterizar as proteínas mais abundantes. No geral, observa-se que as cristalinas alfa, beta e gama são as principais e mais abundantes proteínas encontradas no cristalino da maioria das espécies animais, chegando a cerca de 90% do total de proteínas de cada célula fibrosa, em mamíferos, sendo as responsáveis pela manutenção do correto índice de refração da luz no cristalino. Considerando-se que estas proteínas devem permanecer funcionais durante toda a vida do indivíduo, sem ciclo de troca ou renovação, e expostas ao estresse luminoso por tempo similar, modificações pós- traducionais ocorrerão nas cristalinas afetando sua função. Neste estudo, utilizou-se a abordagem bottom-up de análise proteômica para a identificação de modificações pós- traducionais em cristalinos saudáveis de gatos. Foram identificadas 13 cristalinas, com 44 modificações pós-traducionais em um total de 1.117 posições (sítios). Dentre as modificações mais frequentes destacaram-se as acetilações e fosforilações nas cristalinas alfa e as desamidações, que apresentaram algumas diferenças quanto à presença em relação à literatura. A identificação e caracterização das modificações pós-traducionais que ocorrem nas proteínas das famílias Cristalinas em Felis catus, contribuem como base para futuros estudos que busquem um melhor entendimento dos aspectos quanto a menor susceptibilidade do cristalino de gatos à catarata.