Fenótipo cintura hipertrigliceridêmica em indivíduos com diagnóstico de hipertensão arterial e, ou diabetes mellitus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Borges, Luiza Delazari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27787
Resumo: Introdução: as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) principalmente as Doenças Cardiovasculares (DCV) figuram como a maior causa de óbito no mundo, sendo responsáveis por aproximadamente 31% de todas as mortes em nível global. A medida que as DCV aumentam no Brasil e no mundo a utilização de indicadores para a identificação do risco cardiovascular e metabólico é necessária, dentre eles destaca-se: a razão Triglicerídeos e Colesterol HDL (TG/HDL-c), o Escore de Framinghan (EF), a Síndrome Metabólica (SM) e o Fenótipo Cintura Hipertrigliceridêmica (FCH). O FCH foi proposto por ser um indicador de fácil aplicabilidade e de baixo custo, pois envolve a mensuração de medidas simples de serem obtidas, o perímetro da cintura e os triglicerídeos, que devem estar aumentados simultaneamente. Objetivos: identificar a prevalência e os fatores associados ao Fenótipo Cintura Hipertrigliceridêmica (FCH) em indivíduos com Hipertensão Arterial e, ou Diabetes Mellitus do município de Viçosa- Minas Gerais, Brasil, bem como comparar o FCH ao escore de Framingham, Síndrome Metabólica e razão Triglicerídeos e colesterol HDL em relação a capacidade de predizer alterações cardiovasculares e metabólicas. Métodos: estudo do tipo transversal realizado com indivíduos diagnosticados com HA e, ou DM no município de Viçosa- MG entre os meses de agosto de 2017 a abril de 2018. Os dados do estudo foram coletados por meio de avaliação antropométrica, aferição de pressão arterial e exames bioquímicos de sangue, bem como, entrevistas semiestruturadas contendo informações sociodemográficas, clínicas, de hábitos de vida e cuidados de saúde. Foi estimada a prevalência do FCH e investigada a sua associação com as características dos indivíduos utilizando o teste de qui-quadrado, teste t de Student ou de Mann- Whitney de acordo com a normalidade das variáveis. Para todos os testes foi fixado o nível de significância de 95%. A regressão logística bivariada e multivariada foi utilizada para avaliar os fatores associados ao FCH. Considerando FCH como referência em comparação aos outros indicadores de risco cardiovascular e metabólico (razão triglicerídeos e HDL colesterol, SM e o escore de Framingham), foram calculados as seguintes medidas: correlação tetracórica, índice kappa, sensibilidade, especificidade, curva ROC e acurácia. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa (UFV), sob número de parecer 1203173 / 2015. Resultados: dos 788 indivíduos investigados 21,5% apresentaram o FCH. No modelo ajustado permaneceram associados a maior chance de apresentar o FCH as seguintes variáveis: sexo, idade, IMC e VLDL-c. Entre os indicadores de risco cardiovascular e metabólico analisados, o FCH se correlacionou melhor com TG/HDL-c apresentando coeficiente de correlação 0,71 (correlação moderada) para o sexo masculino e coeficiente de 0,84 (correlação forte) para o sexo feminino. A concordância entre TG/HDL-c e o FCH examinada através do índice Kappa foi considerada razoável para o sexo masculino (0,28) e forte para o sexo feminino (0,63). Conclusões: A prevalência do FCH encontrada no estudo foi de 21,5% e esteve associada ao sexo feminino, a maior idade, maior IMC, maior VLDL-c e RCQ de risco. Os dados encontrados neste estudo sugerem a implementação do FCH como um indicador para prever o risco cardiovascular e metabólico nos diversos serviços de saúde. Entre os indicadores comparados ao FCH a razão TG/HDL-c foi o que apresentou melhor correlação É importante investigar constantemente diferentes indicadores de risco cardiovascular e metabólico a fim de inseri-los e executá-los na prática.