Perfil epidemiológico do complexo teníase-cisticercose em pequenos municípios da microrregião de Patrocínio, Triângulo mineiro
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de Mestrado em Medicina Veterinária UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5186 |
Resumo: | O complexo teníase-cisticercose é uma doença de grande importância para a saúde pública e animal, no qual o ser humano desempenha importante papel como o único hospedeiro definitivo, desenvolvendo a teníase. A cisticercose pode acometer o suíno, que desenvolve a larva da Taenia solium, o bovino, que desenvolve a larva da Taenia saginata e, acidentalmente, o homem pode atuar como hospedeiro intermediário (T. solium), desenvolvendo a cisticercose em seus tecidos, sendo a neurocisticercose a forma mais grave. Apesar da importância da teníase e da cisticercose para a saúde pública, para a saúde animal e para economia, a realidade epidemiológica da ocorrência dessas zoonoses no Brasil é pouco conhecida. No estado de Minas Gerais a maioria dos dados é obtida dos serviços oficiais de Inspeção Sanitária nos matadouros- frigoríficos, sendo poucas as informações baseadas em dados de campo oriundos de animais vivos. Com o objetivo de avaliar a situação epidemiológica do complexo teníase-cisticercose em pequenas e médias propriedades rurais dos municípios de Iraí de Minas, Romaria, Grupiara e Douradoquara, situados na microrregião de Patrocínio, região do Triângulo Mineiro, se pesquisou a ocorrência da teníase humana, da cisticercose bovina e suína e os principais fatores de risco associados à transmissão das formas parasitárias T. saginata e T. solium nas propriedades amostradas. Dessa forma, foi realizado um estudo epidemiológico de corte transversal envolvendo as 68 propriedades localizadas nas zonas rurais dos quatro municípios, sendo essas propriedades georreferenciadas. Foram coletadas 1002 amostras de sangue bovino e 22 amostras de sangue suíno, 119 amostras de fezes dos integrantes das famílias residentes nas propriedades e aplicado um questionário epidemiológico. O diagnóstico sorológico da cisticercose animal foi realizado por triagem pelo teste ELISA indireto e os casos suspeitos foram submetidos ao Immunoblot para confirmação. O exame de fezes foi realizado pelo método de sedimentação simples. Este estudo revelou prevalência de 4,5% de cisticercose suína e de 4,69% de cisticercose bovina nas propriedades da zona rural dos municípios amostrados, no período de julho a agosto de 2013. Não foi diagnosticado nenhum caso de teníase humana, no entanto, outras enteroparasitoses foram diagnosticadas. Avaliou-se a associação entre alguns fatores de risco e a prevalência dos casos de cisticercose bovina, no qual as variáveis que se mostraram estatisticamente significantes foram profissão do responsável pela propriedade, renda familiar e tratamento da água da propriedade. A partir do georreferenciamento das propriedades, foram produzidos os mapas dos pontos coletados e dos pontos diagnosticados com cisticercose bovina. Observou-se a possibilidade da transmissão dessa parasitose ocorrer a partir dos rios e seus afluentes nos municípios amostrados a partir da hidrografia da região. O estudo permitiu a identificação da prevalência do complexo teníase-cisticercose nos municípios amostrados e os resultados permitirão auxiliar a prevenção e o controle dessa zoonose nas áreas de ocorrência. |