Estruturas secretoras em linhagens Neo e Paleotropicais de Malpighiaceae: morfoanatomia, evidências funcionais e contribuições taxonômicas e evolutivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Isabel Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21122
Resumo: Embora seja inegável a importância taxonômica e ecológica das estruturas secretoras em Malpighiaceae, poucos trabalhos caracterizam os tipos de glândulas em espécies de diferentes ambientes, o que dificulta a compreensão de suas funções. A biogeografia da família é peculiar e reflete diversos eventos de dispersão do Neo para o Paleotrópico. O clado neotropical mcvaughioide reúne espécies da Amazônia, Caatinga e Restinga, enquanto o paleotropical acridocarpoide, agrupa espécies de florestas e savanas da África e Ásia. Estes clados são bons modelos para estudar glândulas na folha, bractéola, cálice e corola, o que auxilia na interpretação da evolução morfológica em diferentes linhagens filogenéticas. O trabalho objetivou caracterizar a morfoanatomia das glândulas foliares e florais no clado mcvaughioide e acridocarpoide; detectar a natureza química da secreção para esclarecer sua função; comparar as estruturas nos diferentes táxons neo e paleotropicais. Para tal, o material foi coletado em campo e nas coleções herborizadas, submetido às técnicas usuais de microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Foi possível caracterizar as glândulas foliares e florais nos diferentes clados. Nas espécies do clado mcvaughioide, as glândulas foliares e bracteolares são nectários, enquanto as calicinais e petalares parecem atuar como elaióforos e osmóforos, respectivamente. No clado acridocarpoide as glândulas foliares, bracteolares e calicinais parecem atuar como nectários. Os resultados corroboram a hipótese de origem das glândulas oleíferas a partir dos nectários e contribui junto ao debate sobre a homologia entre diferentes estruturas secretoras. O trabalho registrou novas informações sobre os consumidores da secreção das glândulas foliares e florais. Os tipos e posição das estruturas secretoras foram úteis para a taxonomia. Os dados obtidos neste trabalho são promissores para o entendimento da função ecológica das glândulas foliares e florais e das relações filogenéticas e evolutivas em Malpighiaceae.