Bases da coabitação entre besouros Staphylinidae e cupins Termitidae

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pisno, Raul Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9398
Resumo: Os cupins são insetos eussociais cujos ninhos são frequentemente invadidos por outros animais conhecidos como termitófilos. Alguns termitófilos são tão especializados que só são encontrados em cupinzeiros. No entanto, os motivos para tal especialização permanecem desconhecidos. Tanto a estrutura física do cupinzeiro quanto os cupins podem representar recursos valiosos para os organisrnos capazes de superar as barreiras físicas e biológicas impostas por este ambiente. Dentre as características de invertebrados altamente especializados a vida no cupinzeiro, a fisogastria é apontada como uma das principais, permitindo ao termitófilo confundir seu hospedeiro através de mimetismo morfológico. Tais características estão presentes em coleópteros da família Staphylinidae e dípteros da família Phoridae. Os termitófilos fisogástricos possuem modificações morfológicas que lhes permitem serem alimentados pelos cupins. Tal característica levou a idéia de que a obrigatoriedade desses termitófilos está atrelada a uma dependência nutricional para com seu hospedeiro. Entretanto, em algumas espécies de termitéfilos a fisogastria esta relacionada com a viviparidade, sugerindo o uso do cupinzeiro como local seguro para o período de gestação. Esta dissertação teve como objetivos: (i) discutir a cerca das características que permitem a coabitação de besouros Staphylinidae em ninhos de cupins e (ii) testar a hipótese de que termitófilos fisogástricos vivíparos dependem não apenas dos indivíduos das colonias de cupins hospedeiros, mas também da estrutura física do cupinzeiro. A coabitação destes termitófilos em ninhos de cupins é permitidapor adaptações defensivas tais como a forma limulóide, que os protege de ataques da colônia hospedeira, enquanto permite que explorem os recursos do cupinzeiro tais como os jardins de fungos ou detritos deixados pelos cupins, ou por adaptações que permitem a integração com a colônia hospedeira tais como a fisogastria,que são utiizadas por termitófilos que exploram diretamente os cupins. Para o teste da hipótese levantada acima, foram realizadas análises morfológicas o histológicas do sistema reprodutivo de um termitófilo fisogáistrico e vivíparo, em busca de singularidades que implicassem na necessidade de viver enclausurado. Nossos resultados apontam para a existência de gravidez prolongada nas fêmeas e a necessidade do contatos frequentes entre machos e fêmeas. Ambos fatores podem exigir a Vida em um ambiente enclausurado porque em tais ambientes há redução de riscos e aumento das taxas de encontro interindividual.