Estimativas do valor energético e da taxa de degradação da fibra em detergente neutro de alguns volumosos em ovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Campos, Patrícia Regina de Souza Siqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11273
Resumo: O presente trabalho foi desenvolvido a partir de dois experimentos. O primeiro teve como objetivo avaliar o consumo, a digestibilidade dos nutrientes e o teor de nutrientes digestíveis totais (NDT) da cana-de-açúcar e das silagens de capim-elefante, de milho e de sorgo em ovinos, bem como estimar o teor de NDT destes alimentos através das equações propostas pelo NRC (2001). Foram utilizados 20 ovinos distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos (volumosos) e cinco repetições (animais). A determinação da digestibilidade dos nutrientes foi realizada através da coleta total de fezes, e a comparação dos valores de NDT observados e estimados foi efetuada por intermédio do ajuste do modelo de regressão linear simples dos valores estimados sobre os observados. Os ovinos alimentados com as silagens consumiram maiores quantidades (P<0,05) de nutrientes do que os alimentados com cana-de-açúcar, não havendo diferença (P>0,05) para o consumo de NDT entre as silagens. As digestibilidades aparentes da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE) e energia bruta não diferiram (P>0,05) entre os tratamentos. Houve diferença significativa entre os valores estimados e observados de NDT e das frações digestíveis da PB, do EE, da FDN e dos CNFs (P<0,05). Conclui-se que as equações propostas pelo NRC (2001) mostraram-se inadequadas para estimar o valor energético dos volumosos para ovinos. No segundo experimento, foi estimada a taxa de degrdadação da FDN através da degradabilidade in situ dos volumosos em diferentes tempos de incubação, tamanhos de partícula (1 e 2 mm) e espécies animais (ovina e bovina), utilizando três carneiros, SRD; e dois bovinos Holandeses, dotados de cânulas ruminais. A DgFDN obtida nos tempos de incubação: 3, 6, 12, 24, 36, 48, 72, 96, 120, 144 e 240 horas, além do tempo zero, foi calculada segundo o modelo matemático proposto por Mertens & Loften (1980). A avaliação do efeito dos tamanhos de partículas e das espécies na degradabilidade da FDN foi analisada por meio do teste de verificação de identidade de modelos de regressão não-linear e interpretados por intermédio de análise de fatores (factor analysis). As taxas de degradação da FDN (k d ) também foram estimadas segundo a técnica descrita por Van Amburgh et al. (2003), utilizando-se apenas de dois tempos de incubação in situ (tempos 6 e 24h ou 6 e 36h), e foram comparadas com os valores de k d preditos na experimentação in situ, os valores de k d estimados pelas duas técnicas foram comparados pelo teste “t” para dados emparelhados. A análise de fatores mostrou que há pouca interferência do tamanho de partícula nos parâmetros de degradação, e que em estudos de degradabilidade in situ da FDN, os ovinos não podem ser considerados como modelos experimentais para bovinos. Os valores de k d estimados com os tempos de incubação de 6 – 24 horas e 6 - 36 horas mostraram-se similares (P>0,05) aos obtidos como 11 tempos de incubação, demostrando que a técnica proposta por Van Amburgh (2003) é adequada para estimar a taxa de degradação para volumosos.