Variações em procedimentos laboratoriais para avaliação dos teores de fibra insolúvel em detergente neutro e de extrato etéreo em alimentos e fezes de ruminantes
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5805 |
Resumo: | A presente dissertação foi baseada em dois artigos científicos. No primeiro artigo, objetivou-se comparar as estimativas do teor de fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) obtidas pelo método oficial Association of Official Analytical Chemists (AOAC; método 2002.04) e por métodos modificados baseados no uso de ambientes pressurizados ou com a utilização direta de α-amilase termoestável industrial em amostras de forragens, alimentos concentrados e fezes de ruminantes. As variações estudadas foram: aplicação do método AOAC 2002.04 substituindo-se o equipamento de refluxo por autoclave ou por extrator Ankom220® e sacos filtrantes F57; e aplicação do método AOAC 2002.04 substituindo-se os procedimentos de padronização e utilização da solução de α-amilase por adição única de 250 μL de solução industrial de Termamyl 2X previamente ao aquecimento da solução de detergente neutro. Foram avaliadas 39 amostras de fezes de animais ruminantes, 37 amostras de forragem e 30 amostras de concentrados. Os valores obtidos por cada variação foram comparados aos valores obtidos pelo método AOAC 2002.04 por intermédio do ajustamento de equação de regressão linear simples. Considerando-se amostras fecais e de forragens, as variações baseadas no uso de autoclave e na modificação da utilização de α-amilase propiciaram resultados similares (P>0,05) aos obtidos com o método AOAC 2002.04. Resultados superestimados (P<0,01) foram obtidos com a utilização de extrator Ankom220®. Para amostras de concentrados, verificou-se para as variações baseadas no uso de autoclave e do extrator Ankom220® a ocorrência de erro sistemático positivo (P<0,01) com valores estimados de +23,4 e +96,7 g/kg de matéria seca, respectivamente. A variação baseada no uso de α-amilase industrial incorreu em vício constante e vício de recuperação dos teores de FDN em amostras de concentrados (P<0,01) a despeito da grande proximidade com os valores obtidos com o método AOAC 2002.04. No segundo artigo objetivou-se comparar as estimativas da concentração de extrato etéreo (EE) obtidas pelo método de Randall e pelo método de alta temperatura recomendado pela American Oil Chemist s Society (AOCS; método Am 5-04). Foram realizados quatro experimentos utilizando amostras de forragens (n = 20) e fezes de ruminantes (n = 15). No primeiro experimento quantificou-se o teor de EE de todas as amostras utilizando-se a combinação entre os métodos de extração de Randall e método de alta temperatura AOCS e sacos filtrantes XT4 e cartuchos de papel de filtro qualitativo (80 g/m2) como recipientes para acondicionamento das amostras. No segundo experimento avaliou-se a perda de partículas considerando-se os dois recipientes avaliados. No terceiro experimento avaliou- se a concentração de clorofila residual no material remanescente da extração considerando- se as combinações entre método e recipiente utilizadas no primeiro experimento. No quarto experimento avaliou-se a recuperação de proteína e minerais no material submetido à extração por ambos os métodos. Em todos os experimentos o éter de petróleo foi utilizado como extrator. Em nenhum experimento foram verificadas influências (P>0,05) dos diferentes recipientes. Foi observada interação significativa (P<0,01) entre método de extração e material avaliado sobre as concentrações de EE. O desdobramento deste efeito indicou maiores estimativas (P<0,01) de concentração de EE utilizando-se o método AOCS, sendo a diferença entre métodos mais proeminente em amostras de forragens. Não foram verificadas perda de partículas com os diferentes recipientes (P>0,05). O teor de clorofila nos resíduos não foi afetado pelo método de extração em amostras fecais, mas foi menor utilizando-se o método AOCS (P<0,05) em amostras de forragens. Observou-se recuperação completa (P>0,05) de proteína e minerais no material após extração. Os resultados indicam que o método AOCS produz maiores estimativas de concentração de EE possivelmente por propiciar maior extração de material não graxo. |