Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Santolin, Roberto Salvador |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9094
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi discutir o comportamento e o impacto da política monetária da economia brasileira, no período pós-Plano Real sobre o produto e o desemprego. O comportamento da política monetária foi modelado através de uma regra de Taylor, a qual especifica que o banco central tende a impor uma taxa de juros de acordo (i) com a variação da inflação em relação a uma meta do governo; e (ii) da variação do nível de produção da economia em relação ao seu nível natural. As estimativas realizadas apontaram que o Banco Central do Brasil (BACEN) agiu de forma backward looking ao determinar a taxa de juros básica da economia e se apegou apenas ao afastamento da inflação mensal em relação à meta anual estabelecida. Quanto à flutuação do produto, em relação ao seu nível potencial, constatou-se que a taxa de juros influenciou a flutuação do produto, e não o contrário. Foi verificado uma quebra estrutural da função de reação estimada entre 2002 e 2003, em razão disso preferiu-se modelar a função de reação do BACEN entre janeiro de 2003 e setembro de 2005, obtendo-se resultados mais consistentes. O impacto da política monetária, mais especificamente o custo em termos de recessão e desemprego gerado para manter a inflação sob controle, é referido no meio acadêmico por taxa de sacrifício. A taxa de sacrifício, per si, procura apenas medir em termos percentuais quanto de recessão ou desemprego, em relação aos seus níveis naturais, deve ser gerado para diminuir um ponto percentual da inflação. Por ser uma hipótese neoclássica firmada sobre a curva de Phillips, considera-se que esta taxa de sacrifício é uma flutuação de curto prazo e que, no equilíbrio de longo prazo, prevalecerão as taxas naturais. Por outro lado, embasando-se em hipóteses de histerese é possível argumentar que a política monetária pode ter influência sobre a taxa de desemprego não-aceleradora da inflação (TDNAI), mais especificamente, quando geram-se constantes taxas de desemprego para tentar diminuir a inflação. As estimativas das curvas IS e de Phillips apontaram que no período analisado, para diminuir 1% da taxa de inflação foi necessário aumentar a taxa de juros em cerca de 2,9 p.p. e gerar uma de queda de 1,25% do hiato do produto e, seguindo a lei de Okun calculada para o Brasil, aumentar o desemprego em 0,58 p.p. Observou- se que a taxa média de crescimento foi em torno de 3% a.a. A esta taxa, se teve um crescimento médio do desemprego em torno de 0,5 p.p. a 0,6 p.p. ao ano. Concluiu-se então que a taxa de crescimento médio da economia brasileira não foi capaz de sustentar o desemprego em um nível fixo entre o início do plano real até recentemente. Mediante isto, o custo total de uma queda em 1 p.p. da inflação, durante o período analisado, foi uma taxa fixa de 0,58 p.p. no desemprego na economia, e uma taxa flutuante de 0,2 p.p. em um ano. |