Diversidade genética, adaptabilidade e estabilidade de genótipos de soja no Mato Grosso
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me Mestrado em Genética e Melhoramento UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/4750 |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivos avaliar a magnitude dos efeitos genotípico, ambiental e da interação genótipos x ambientes em caracteres agronômicos, químicos, de vigor e sanidade de sementes; estimar a adaptabilidade e estabilidade de genótipos de soja destinados ao estado do Mato Grosso e quantificar a diversidade genética dos genótipos com base em avaliações fenotípicas. Foram conduzidos oito ensaios em condições de campo, nos municípios de Primavera do Leste, Nova Ubiratã e Pedra Preta, localizados no estado do Mato Grosso. Os ensaios foram instalados no delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições. As parcelas foram formadas por uma fileira de quatro metros de comprimento, espaçadas em 0,70 m entre fileiras, com densidade de semeadura de 15 sementes por metro linear. Foram avaliados 26 genótipos de soja adaptados ao estado do Mato Grosso, procedentes dos Programas de Melhoramento de Soja do Instituto Matogrossense do Algodão (IMAmt) e da Bacuri Pesquisa em Agronomia. Os caracteres agronômicos avaliados em condições de campo foram dias para floração, dias para maturação, altura de planta na maturação, altura de inserção da primeira vagem, acamamento, stand, reação à mancha alvo, reação ao míldio, haste verde e produtividade de grãos. Os caracteres químicos foram o teor de óleo e proteína avaliados nos Laboratórios de Agroenergia e Nutrição Animal da Universidade Federal de Viçosa. Os caracteres de vigor e sanidade sementes avaliados foram a porcentagem de germinação e a incidência de patógenos nas sementes. Os dados obtidos foram submetidos às análises individuais de variância, posteriormente as médias foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Verificada a existência de variabilidade genética e homogeneidade de variâncias residuais, procedeu-se, então, a análise conjunta de variância. Para avaliar a magnitude e o efeito da interação genótipos x ambientes nos caracteres avaliados foi realizada a partição da interação em partes simples e complexa. As análises de adaptabilidade e estabilidade foram realizadas empregando-se os métodos de Lin e Binns (1988) modificado por Carneiro (1998), centróide modificado por Nascimento et al. (2009) e dimensionamento ótimo da rede de ambientes (DORA) proposto no presente trabalho. No estudo da diversidade genética foram utilizados os métodos de agrupamento hierárquico de ligação média entre grupos (UPGMA) e de otimização de Tocher, utilizando como medida de dissimilaridade a distância generalizada de Mahalanobis. Todos os caracteres estudados apresentaram efeitos genotípicos, ambientais e de interação genótipos x ambientes significativos. Os caracteres produtividade de grãos, altura de planta na maturação, altura de inserção da primeira vagem, stand, incidência total de patógenos nas sementes e porcentagem de plântulas normais apresentaram interações do tipo complexa. Por outro lado, os caracteres dias para floração, dias para maturação, acamamento e teor de óleo apresentaram interações do tipo simples. Não houve predominância do tipo de interação para os caracteres haste verde, reação à mancha alvo e reação ao míldio. Pelo método centróide modificado, o genótipo BCR1455 178 foi classificado como de máxima adaptabilidade geral para a produtividade de grãos e reação à mancha alvo. Para reação ao míldio o genótipo BCR553G 306 foi classificado como de máxima adaptabilidade geral tanto pelo centróide quanto pelo método de Lin e Binns modificado por Carneiro (1998). Para o teor de óleo os genótipos BCR1070G 229, CD 219 RR, BCR945G 132 e BCR945G 110 apresentaram as maiores médias e máxima adaptabilidade geral. Para os caracteres de sanidade e vigor de sementes, BCR1070G 251 e BCR1346 142 foram classificados como de adaptabilidade específica a ambientes favoráveis e BCR553G 306 e BCR1067G 189 a ambientes desfavoráveis. O método do dimensionamento ótimo da rede de ambientes (DORA) mostrou-se adequado para avaliar a representatividade dos ensaios e útil para otimizar decisões com relação ao descarte de ambientes sem comprometer a recomendação dos genótipos. As análises de diversidade genética evidenciaram variabilidade genética entre os genótipos ao considerar todos os caracteres agronômicos. Os genótipos DM 309, MSOY 8008 RR, BCR1455 178 e BCR651G 68 foram os mais dissimilares em relação aos demais genótipos. Os genótipos BCR1057G 162, BCR1067G 210 e BCR553G 306 permaneceram nos mesmos grupos em todos os ensaios. Para os caracteres de vigor e sanidade de sementes não foi evidenciada diversidade genética consistente nos ensaios. |