Adaptabilidade de produção e análise molecular, genealógica e morfológica de cultivares de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Oda, Mário do Carmo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Genética animal; Genética molecular e de microrganismos; Genética quantitativa; Genética vegetal; Me
Mestrado em Genética e Melhoramento
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4671
Resumo: Nos programas de melhoramento de soja as cultivares, antes de serem lançadas, são avaliadas em vários locais e por pelo menos dois anos para a tomada de decisão sobre a sua indicação. O aumento de registro de novas cultivares no Brasil e no mundo vêm obrigando pesquisadores a utilizarem informações a nível de diversidade genética para tomar a decisão correta em seu programa de melhoramento. Este trabalho teve como objetivos avaliar a estabilidade e adaptabilidade do rendimento de grãos de linhagens elites do Programa de Melhoramento Genético de Soja da Universidade Federal de Viçosa, utilizando diferentes métodos de adaptabilidade e estabilidade, quantificar a contribuição genética de cultivares antigas em cultivares recentes que apresentam alguma ancestralidade, selecionar um conjunto de primers microssatélites capazes de diferenciar 21 cultivares, obter informações de caráter de diversidade para a utilização no melhoramento, realizar associação da diversidade estimada com base em informações fenotípica, de genealogia e de marcadores moleculares e estimar a distância genética entre as 21 cultivares. Os ensaios para estudo de estabilidade e adaptabilidade foram conduzidos em cinco diferentes ambientes e em dois anos agrícola. As seguintes metodologias foram utilizadas: método de Ebehart e Russell, de Annicchiarico, de Lin e Binns e do Centróide. Para o estudo de diversidade foram utilizadas 21 cultivares provenientes de diferentes programa de melhoramento, adaptadas a diferentes regiões do Brasil e do mundo e com diferentes períodos de lançamento. Um total de 41 marcadores microssatélites foram utilizados no trabalho. Matrizes de dissimilaridade utilizando coeficiente de parentesco, valores fenotípicos e moleculares foram obtidas. Para a realização da análise de agrupamento foram utilizados os métodos de UPGMA e de otimização de Tocher. As cultivares do grupo de maturidade semitardio- tardio Monarca, UFV01-10533486B e UFV99-722F626 foram as que apresentaram ampla adaptabilidade e estabilidade e as cultivares do grupo de maturidade tardio UFV99-8552093 e UFV91-651226 foram as que destacaram em produtividade, adaptabilidade e estabilidade para os ambientes em geral. Os 41 marcadores microssatélites utilizados amplificaram um total de 106 alelos com uma média de 2,52 alelos por loco, sendo que destes 37 mostraram-se polimórficos. A estimativa da informatividade de cada loco microssatélite variou de 0 a 0,68 com uma média de 0,38. Os primers Satt 263, Satt 192, Satt 070 e Sct_ 189 foram os que apresentaram um maior polimorfismo com 5, 4, 4 e 4 alelos por loco, respectivamente. As medidas de dissimilaridade média dos pares de cultivares obtidas por marcadores microssatélites foi de 0,4 a 0,6, por coeficiente de parentesco em torno de 0,8 a 1,0 e por caracteres fenotípicos em torno de 0,2 a 0,4. Constatou-se que dentro do grupo de cultivares utilizado a variabilidade genética manteve a mesma ao longo de quase 40 anos de melhoramento. A combinação dos 6 primers microssatélites Satt 192, Satt 263, Satt 070, Satt 100, Satt 108 e Satt 215 foi possível diferenciar as 21 cultivares. Com as análises de diversidade realizadas foi possível afirmar que dentre as cultivares consideradas como recentes ainda existe uma variabilidade genética útil ao melhoramento de plantas e a cultivar Conquista foi a que apresentou a maior dissimilaridade quando combinada com as outras.