Séries temporais de abundância e biomassa da ictiofauna como preditores de colapso ecossistêmico no Baixo Rio Doce
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Biologia Animal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/33742 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2025.011 |
Resumo: | A bacia do Rio Doce, localizada no sudeste brasileiro, apresenta uma biodiversidade exuberante, porém sofre desde o seu processo de ocupação, com pressões antrópicas oriundas das diversas atividades econômicas estabelecidas na região. Este estudo discute o estado de conservação do Baixo Rio Doce, com base na avaliação da dinâmica das comunidades de ictiofauna da calha do Baixo Rio Doce e de três lagos da região, com a finalidade de avaliar se as características encontradas nos ambientes monitorados são compatíveis com o que é esperado em um ecossistema em estado de colapso. Para isso, foram obtidas tendências temporais de dois indicadores de conservação, abundância e biomassa, de espécies de peixe nativas e não nativas, coletadas nos quatro ambientes do Baixo Rio Doce (calha principal e três lagos) durante quatro anos. Na Calha do Baixo Rio Doce, foi observado aumento de abundância, cujas espécies nativas foram as principais responsáveis. Porém, o aumento de biomassa observado no ambiente foi ocasionado pelo aumento do indicador no grupo de espécies não nativas, enquanto espécies nativas apresentaram declínio. No Lago do Limão, foi observado declínio de abundância, causado majoritariamente por espécies nativas. Concomitantemente, foi observado declínio de biomassa neste ambiente, refletindo, desta vez, o declínio de biomassa de espécies nativas e não nativas. No Lago do Óleo, foi observado declínio de abundância em ambos grupos de espécies. Em relação à biomassa, foi observada tendência de aumento, exceto no ano de 2020, refletindo, majoritariamente, o aumento observado no grupo de não nativas. Neste ambiente, espécies nativas apresentaram declínio de biomassa até a segunda metade de 2021. No Lago das Palmas, foi observado declínio de abundância até meados de 2021, seguido de aumento constante do indicador, e aumento de biomassa. O grupo de não nativas foi dominante neste ambiente e foram as responsáveis pelas tendências encontradas para a comunidade. Os resultados mostraram que houve perda de integridade íctica nativa em todos os ambientes monitorados, o que nos permitiu sugerir que todos apresentaram sintomas de colapso ecossistêmico. Palavras-chave: abundância; análise de série temporal; bacia do rio doce; biomassa; não nativa; nativa |