Avaliação do rocurônio associado a acepromazina, propofol e isofluorano, na anestesia de cadelas submetidas à ovariosalpingohisterectomia eletiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Neves, Cinthya Dessaune
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/7916
Resumo: A anestesia é um procedimento rotineiro dos veterinários e a pesquisa de novos fárma- cos anestésicos é uma necessidade constante frente à evolução dos diversos setores da medi- cina veterinária. Durante os procedimentos cirúrgicos de cães, procura-se um protocolo anes- tésico que atenda às exigências de segurança e bem-estar dos animais, mas que também for- neça tranquilidade ao anestesista e condições favoráveis ao cirurgião. O rocurônio é um blo- queador neuromuscular, com potencial para propiciar vantagens em cirurgias que exijam rela- xamento muscular de curta duração. O presente estudo teve como objetivo avaliar os possí- veis efeitos advindos da utilização do rocurônio como miorrelaxante em ovariosalpingohiste- rectomias (OSH) eletivas de cadelas. Foram selecionadas 20 cadelas, com indicação de OSH eletiva e classificadas como ASA I, segundo critérios da Sociedade Americana de Anestesio- logia. Os animais apresentavam peso e idade médios de 15kg e 4 anos. Foram divididos alea- toriamente em dois grupos de dez animais. Os animais do grupo 1 (G1) receberam como me- dicação pré-anestésica acepromazina na dose de 0,1mg/Kg pela via intravenosa (IV), propofol na dose de 6mg/Kg pela mesma via para indução, sendo, a seguir, introduzida anestesia inala- tória com isofluorano como agente de manutenção. No momento da incisão de pele foi admi- nistrado rocurônio na dose de 0,1mg/Kg IV. O grupo 2 (G2) recebeu o mesmo tratamento do G1, entretanto, ao invés do bloqueador neuromuscular, foi administrado soro fisiológico em volume idêntico ao calculado para o rocurônio, como placebo. A frequência respiratória (FR) e o volume minuto (VM) foram mensurados antes de qualquer tratamento (M0), 15 minutos após a MPA (M1), subsequente a indução (M2), e aos 2, 4, 6, 8, 10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40 minutos após o rocurônio ou o placebo. As demais variáveis como pressão arterial sistólica, frequência cardíaca, temperatura corporal, saturação da oxihemoglobina, analgesia, tempo de preenchimento capilar, reflexo palpebral, corneal e laringotraqueal, eletrocardiografia (ECG), foram mensuradas no M0, M1, M2 e a partir deste momento a cada 10 minutos (M3, M4, M5 e M6). As coletas de sangue arterial para as análises hemogasométricas foram realizadas no M0, M3 e M6. Após as cirurgias, um questionário foi respondido pela equipe cirúrgica sobre o miorrelaxamento. Os resultados obtidos demonstraram que o rocurônio na dose de 0,1mg/Kg causou poucas mudanças na dinâmica respiratória, verificando-se apenas aos 2 mi- nutos, após a sua administração, redução no VM no G1 em comparação ao G2. Não foram observadas alterações significativas na dinâmica circulatória e demais variáveis estudadas. O miorrelaxamento foi considerado acentuado e facilitou a abordagem dos ligamentos suspensó- rios dos ovários em 80% dos animais tratados com o rocurônio.