Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Talitha Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27682
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Resumo: |
Há um crescente interesse no desenvolvimento de cultivares mais tolerantes à seca e na busca de marcadores que possam auxiliar na seleção de genótipos promissores. Para tal, características hidráulicas como a vulnerabilidade à cavitação tem se mostrado importantes em espécies lenhosas, mas estudos com espécies herbáceas ainda são escassos. De modo a preencher essa lacuna, utilizou-se plantas de feijão-caupi (Vigna unguiculata), uma leguminosa que apresenta grande variabilidade genética em resposta ao déficit hídrico, e, portanto, uma ferramenta interessante para compreender o papel da vulnerabilidade a cavitação na tolerância à seca. Plantas das cultivares Pingo de Ouro 1-2 (PO; tolerante) e Santo Inácio (SI; sensível) foram cultivadas a partir de sementes em vasos de 4 L durante 30 dias, sendo então submetidas a dois regimes hídricos: irrigadas (CT) e déficit hídrico seguido por reidratação (DH). Foram realizadas as caracterizações morfológica, anatômica e fotossintética, determinação da arquitetura hidráulica, vulnerabilidade à cavitação e capacidade de recuperação após déficit hídrico. Dentre as características anatômicas foliares avaliadas, poucas diferenças foram encontradas entre regimes hídricos e entre cultivares. A arquitetura hidráulica da nervura central foi conservada, mas uma maior plasticidade foi encontrada nos pecíolos. As cultivares não diferiram quanto à vulnerabilidade hidráulica, apresentando em média P 50 e P 88 igual a -1,64 e -1,69 MPa, respectivamente. Foi encontrado que ambas cultivares operam sob estreita margem de segurança hidráulica quando irrigadas; entretanto, os potenciais hídricos sob déficit hídrico não foram suficientes para causar falha hidráulica, mesmo sob 15 dias de déficit hídrico. Os parâmetros de trocas gasosas e fluorescência da clorofila foram reduzidos significativamente em ambas as cultivares sob déficit hídrico, mas houve total recuperação dois dias após a reidratação. Os caules apresentaram melhor status hídrico, quando comparados com as folhas, porém, ambos órgãos tiveram severas reduções na massa seca, indicando consumo e/ou remobilização de reservas. Interessantemente, o menor conteúdo de massa seca nesses órgãos não foi acompanhado por reduções no conteúdo de água, resultando em grande aumento na suculência dos tecidos. Futuros experimentos são necessários para compreender se a vulnerabilidade hidráulica de caules e raízes pode ter papel na tolerância à seca e averiguar quais alterações na composição bioquímica governam as mudanças na massa seca de folhas e caule sob déficit hídrico e como estas reduções afetam o desenvolvimento da planta após a reidratação. Palavras-chave: Vulnerabilidade hidráulica. Déficit hídrico. Herbácea. |