Podridões pós-colheita de morango: etiologia e efeito de produtos alternativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lopes, Ueder Pedro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4399
Resumo: As podridões em pós-colheita são um dos principais problemas, em todas as regiões onde se cultiva o morango no país. São escassas as informações, a respeito dos agentes causais, bem como as estratégias de manejo das podridões do campo à póscolheita. Diante desses fatos este trabalho teve os seguintes objetivos: i- identificar os patógenos, envolvidos em podridões, na fase de pós-colheita de morango, e ii - estudar o efeito de estratégias alternativas de controle, baseando-se na aplicação de quitosana, cálcio e silício, no controle de podridões em pós-colheita. Amostras de 200 frutos foram coletados mensalmente, em câmaras com temperatura de 2 oC, no período de março de 2009 a fevereiro de 2010, para identificar os patógenos envolvidos em podridões em pós-colheita. Os experimentos visando avaliar o efeito de cloreto de cálcio, silicato de potássio e da quitosana, no controle de podridões em pós-colheita foram constituídos de 18 tratamentos combinando-se os produtos entre si em pré-colheita e com tratamentos em pós-colheita com quitosana. Com os dados de incidência, calculou-se a Área Abaixo da Curva de Progresso de Podridão Total (AACPPT), para Rhizopus stolonifer (AACPPR) e para Botrytis cinerea (AACPPB). Foram identificados 14 diferentes fungos causando podridões em pós-colheita de morango com danos de: B. cinerea (36,3%), R. stolonifer (34,9%), G. candidum (31,1%), Pilidium concavum (17,4%), Colletotrichum spp. (13,7%), Pestalotia longisetula (2,3%), A. niger (1,7%), Phoma sp. (2%) e Mucor sp., Sclerotinia sclerotiorum, Cylindrocladium candelabrum, Penicillium sp., Cladosporium sp. e Aspergillus sp. (2,8%). Os fungos G. candidum, P. concavum, C.candelabrum, Penicillium sp., A. niger, Aspergillus sp., Phoma sp., Mucor sp. e Cladosporium sp. foram identificados pela primeira vez, como patógenos em póscolheita na cultura do morango, no Brasil. A incidência dos fungos foi variável ao longo do ano, sendo os mais freqüentes causando podridões em frutos de morango B. cinerea, R. stolonifer e G. candidum, P. concavum e Colletotricum spp.. Os danos causados por R. stolonifer e G. candidum foram maiores em épocas de precipitação acima de 74 mm e temperatura média de 20,1 oC; épocas de precipitação abaixo de 34 mm e temperatura média de 16,8 oC, os danos de B. cinerea e P. concavum foram menores. Não houve efeito das aplicações de cálcio, silicato de potássio e quitosana no campo, sobre a produção de plantas de morangueiro. Também não houve efeito da aplicação destes produtos no campo sobre a incidência de podridões em pós-colheita. Quando frutos foram armazenados a temperatura de 2 oC e submetidos a aplicação de quitosana, em pós-colheita houve redução da AACPPT em 91% na cultivar Oso grande e 52% na cultivar Camarosa e de 91% e 55% da AACPPB nas cultivares Oso grande e Camarosa respectivamente. Quando os frutos foram armazenados a 25 oC observou-se redução da AACPPT de 17%, e da AACPPR de 44% na cultivar Oso Grande semelhante ao observado na cultivar Camarosa com redução de 17,3% na AACPPT e 53% na AACPPR. Não se observou redução na AACPPB em frutos das duas cultivares armazenadas a 25 oC.