Compostos bioativos de camu-camu (Myrciaria dubia) em função do ambiente de cultivo e do estádio de maturação
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência de Alimentos; Tecnologia de Alimentos; Engenharia de Alimentos Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/465 |
Resumo: | O camu-camu é uma Myrtaceae encontrada principalmente na Amazônia Brasileira e Peruana, sendo considerada uma das maiores fontes de vitamina C até hoje. Entretanto, o interesse pelo fruto não fica restrito apenas ao teor dessa vitamina, visto que a quantidade de polifenóis, carotenóides e alguns minerais também é significativa. O cultivo natural do camu-camu é à beira de rios e igarapés, onde parte de seu caule permanece submersa em água durante o período de cheia dos rios Amazônicos. Entretanto, o Brasil vem tentando adaptar a cultura em ambiente seco (solo sem inundação), visto que os entraves da produção em ambientes alagados (solos inundados) são muitos. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o teor de vitaminas (vitamina C e β-caroteno), minerais, polifenóis e antocianinas totais, ácido elágico (livre e total) e a capacidade antioxidante in vitro de frutos descaroçados e cascas de camu-camu cultivados em diferentes ambientes (seco e alagado) e em diferentes estádios de maturação (verde e maduro). Os frutos de ambiente seco apresentaram, estatisticamente (p<0,05), maior teor de vitamina C, polifenóis e antocianinas totais, assim como de ácido elágico total. Por consequência, demonstraram também maior capacidade antioxidante. O teor de β-caroteno não variou (p>0,05) entre os frutos analisados. Os teores de ácido elágico livre foram maiores nos frutos cultivados em ambiente alagado. O camu-camu cultivado em ambiente seco também apresentou maior teor da maioria dos minerais determinados. Dessa forma, o plantio do camu-camu em ambiente seco, como alternativa ao desenvolvimento da cultura e crescimento da produção, é viável em relação ao plantio em ambiente alagado, visto que as alterações identificadas apenas melhoraram as características do fruto. Em relação ao estádio de maturação, frutos verdes e maduros não apresentaram diferença (p>0,05) quanto ao teor de vitaminas. Entretanto, o conteúdo de polifenóis totais variou, sendo maior nos frutos maduros, que por consequência também apresentaram maior capacidade antioxidante. Em relação aos teores de ácido elágico livre e total, os mesmos foram maiores nos frutos verdes. Alguns minerais, como ferro, manganês e potássio, foram maiores nos frutos maduros, assim como magnésio, zinco e cobre, apresentaram-se em maior proporção nos frutos verdes. A casca, em relação ao fruto descaroçado, independente do sistema de cultivo e do grau de maturação, apresentou menor concentração de vitamina C, polifenóis totais, ácido elágico livre e total, bem como também menor capacidade antioxidante. Entretanto, os teores de β-caroteno e antocianinas totais foram maiores. Da mesma maneira, também foi observado na casca, menor teor de todos os minerais investigados no camu-camu. |