Efeitos do crescimento, desigualdade e Bolsa Família sobre a pobreza
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Desenvolvimento econômico e Políticas públicas Mestrado em Economia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3274 |
Resumo: | Este estudo procurou calcular e analisar o impacto do crescimento, da redistribuição de renda e do Programa Bolsa Família (PBF) sobre a variação da pobreza e extrema pobreza no Brasil no período entre 2003 e 2009. Primeiramente buscou-se mensurar a probabilidade do indivíduo ser pobre , extremamente pobre ou não pobre quando beneficiário do PBF. Em seguida foi possível através do escore de propensão (PSM) calcular o quanto em termos percentuais o programa contribuiu para a redução da pobreza entre os beneficiários no ano de 2006. Por último foi realizada a decomposição da pobreza em dois componentes, crescimento e redistribuição, através da decomposição de Shapley, no período de 2003 e 2009, o que permitiu quantificar e analisar os efeitos de cada um dos componentes na variação dos índices de pobreza: a proporção de pobres (P,0), o hiato da pobreza (P,1) e a desigualdade entre os pobres (P,2) , com e sem a renda proveniente do PBF (rdpc e rdpcl). A partir das análises do modelo logit multinomial, foi possível concluir que indivíduos com alguma dessas características: não-brancos, com baixa escolaridade (menos de oito anos de estudo), ocupados em trabalhos informais ou desempregados, residentes em zonas urbanas e nas Regiões Norte e Nordeste com destaque para o Nordeste, além de famílias com pai e mãe ou mães solteiras com todos os filhos em idade abaixo de 14 anos, têm maior probabilidade de estar em situação de pobreza e extrema pobreza. Além disso, a análise do modelo também mostrou que em 2006 o PBF aumentou a razão de chance de o beneficiário ser pobre ou extremamente pobre. Já a análise do ATT, apontou um resultado significativo, o que indicou que, em 2006, apesar dos aspectos negativos, o PBF ajudou a reduzir a proporção de pobres e extremamente pobres em 30 pontos percentuais entre os beneficiários, demonstrando que a renda advinda do programa tem sido de extrema importância para complementar a renda domiciliar per capita das famílias beneficiárias.Os resultados da decomposição da pobreza mostraram que no período analisado o componente crescimento econômico foi o principal responsável pela redução das medidas de pobreza no país, e o componente de redistribuição de renda atuou como um complemento ao crescimento econômico. Além disso, quando somado a renda proveniente do PBF, tanto o crescimento econômico como a redução da desigualdade foram mais eficazes na redução da pobreza. |