Alterações anatômicas, histoquímicas e fisiológicas durante a maturação de sementes de grão-de-bico (Cicer arietinum L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Trancoso, Ana Clara Reis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22963
Resumo: O grão-de-bico (Cicer arietinum L.) é a segunda leguminosa mais consumida no mundo, atrás somente da soja. Embora pouco difundido no Brasil, a produção vem aumentando a cada ano, visando tanto o consumo interno como aumento da exportação para países consumidores. Neste contexto, a disponibilidade de sementes de alta qualidade no mercado é fundamental havendo demanda por informações sobre produção de sementes. Um dos fatores que influencia a qualidade das sementes está relacionado ao seu processo de desenvolvimento e maturação e ao seu estádio de maturação por ocasião da colheita. Assim, o trabalho teve como objetivos: i) avaliar as alterações anatômicas, histoquímicas e fisiológicas em sementes de grão-de-bico obtidas de vagens em diferentes estádios de maturação; ii) avaliar a qualidade fisiológica durante o armazenamento de sementes de grão-de-bico obtidas de vagens em diferentes estádios de maturação. Para tanto, as sementes de grão-de-bico, cv. BRS Aleppo, foram produzidas no campo experimental instalado na “Horta Nova” /DFT/UFV durante o período de abril a outubro de 2017. Foram colhidas vagens em cinco estádios de maturação: verde, verde-amarelo, amarelo, amarelo-dourado e marrom. As sementes obtidas em cada estádio foram avaliadas quanto ao grau de umidade, massa da matéria seca, realizando-se também a caracterização anatômica e histoquímica de acordo com as técnicas de microscopia de luz, sendo os cortes corados com Azul de toluidina, Lugol, Xylidine Ponceau (XP), Vermelho de Rutênio, Sudan Black B e Sudan Red B. Para avaliação das alterações fisiológicas, as sementes foram secas até 12 % de umidade. Em seguida, foram acondicionadas em sacos de papel e armazenadas por 0, 3 e 6 meses a 20oC e 55% UR. Após cada período de armazenamento, foram realizados os seguintes testes: grau de umidade, germinação, primeira contagem de germinação, emergência de plântulas, índice de velocidade de emergência e condutividade elétrica. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, em esquema de parcelas subdivididas com quatro repetições. Os dados foram então submetidos à análise de variância, sendo os cinco estádios de maturação das vagens alocados nas parcelas e os três períodos de armazenamentos das sementes nas subparcelas. As médias dos tratamentos foram comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Vagens com coloração externa verde, verde-amarelo, amarelo, amarelo-dourado e marrom foram obtidas aos 30, 55, 65, 75 e 85 dias após a antese, respectivamente. Com o desenvolvimento das sementes de grão-de-bico as camadas mais internas do tegumento sofrem colapso. O depósito de amido e proteína já está em andamento nas sementes de vagens verdes. A pectina se destaca dentre os compostos constituintes de parede celular dos esclereídes do tegumento, que por sua vez é aparentemente desprovido de lignina. Em geral, sementes de grão- de-bico obtidas de vagens com coloração amarela, amarelo-dourado e marrom apresentam maior germinação, que foi mantida até os três meses de armazenamento, decrescendo aos seis meses. Houve redução no vigor das sementes aos três meses de armazenamento. Menor qualidade fisiológica foi obtida para as sementes colhidas de vagens verdes e verde-amarelas em todos os períodos de armazenamento.