Tratamento de sementes com inseticidas, mistura com fertilizantes e profundidades de semeadura na emergência e crescimento de braquiária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Mota, Túlio de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Plantas daninhas, Alelopatia, Herbicidas e Resíduos; Fisiologia de culturas; Manejo pós-colheita de
Mestrado em Fitotecnia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4486
Resumo: A mistura de sementes de espécies forrageiras aos fertilizantes, no momento da semeadura, pode reduzir custos operacionais e facilitar o cultivo consorciado com culturas como milho e feijão, especialmente quando se adota o sistema de Integração Lavoura Pecuária (ILP). Todavia, o contato do fertilizante com a semente pode prejudicar a germinação, a emergência e o estabelecimento das forrageiras. Objetivou-se com este trabalho avaliar o tratamento de sementes com inseticidas, mistura com fertilizantes e profundidades de semeadura na emergência e crescimento braquiária. Os experimentos foram separados em duas etapas, ambas englobando uma parte de campo, e outra em casa de vegetação. Em ambiente controlado os experimentos foram conduzidos sempre no delineamento inteiramente casualizado, e em campo no delineamento em blocos casualizados. Na primeira etapa, foram realizados 4 experimentos. No primeiro, realizado em casa de vegetação, sementes de braquiária tratadas com os inseticidas, thiametoxan, fipronil e não tratadas (testemunhas) foram semeadas em caixas plásticas contendo solo coletado em campo, misturadas aos fertilizantes granulados, N-P-K 6-30-6, N-P-K 8-28-16 e superfosfato simples (SFS). Aos 15 e 21 dias após a emergência (DAE), foi avaliado o número de plantas por caixa (0,112 m2) e, juntamente aos 21 DAE foi avaliada a massa seca da parte aérea e das raízes das plantas de braquiária. O segundo experimento foi realizado em condições de campo e consistiu dos mesmos tratamentos avaliados em casa de vegetação. Aos 30 e 60 DAE foi avaliado o número de plantas por metro quadrado, e aos 60 DAE a massa seca de plantas de braquiária foi quantificada. Cada espécie de braquiária (B. brizantha e B. decumbens) constituiu um experimento. A segunda etapa também foi composta por 4 experimentos. Nos dois primeiros, em condições de campo, dois métodos de semeadura de braquiária (em sulco e a lanço) foram avaliados em conjunto com os tratamentos de sementes (thiametoxan, fipronil e testemunha). Aos 30 e 60 DAE foi avaliado o número de plantas por metro quadrado. A massa seca das plantas de braquiária foi determinada aos 60 DAE. Nos outros dois experimentos, em casa de vegetação, três profundidades de semeadura das sementes de braquiária foram estudadas (0, 3 e 6 cm), em função dos tratamentos de sementes (thiametoxan, fipronil e testemunha). Aos 15 e 28 DAE foi avaliado o número de plantas por caixa (0,112 m2), e aos 28 DAE a massa seca da parte aérea e das raízes foi aferida. Na primeira etapa, nos experimentos em casa de vegetação, observou-se que o melhor resultado foi obtido com a semeadura da braquiária misturada ao superfosfato simples. Os fertilizantes N-P-K (8-28-16 e 6-30-6) reduziram a emergência das espécies de braquiária. Diferentemente dos resultados observados em casa de vegetação, nos experimentos em condições de campo, a maior densidade de plantas e a maior produção de massa seca foram obtidas com as sementes misturadas aos fertilizantes 8-28-16 e 6-30-6. Os tratamentos de sementes com o inseticida fipronil proporcionaram os melhores resultados tanto para a densidade de plantas quanto para massa seca, independente do tipo de fertilizante utilizado. Na segunda etapa, nos experimentos de campo, foi observado que sementes não tratadas com inseticidas nos plantios realizados a lanço, apresentaram menor densidade e menor produção de massa seca. Quando as sementes foram tratadas com fipronil, observou-se maior número de plantas por metro quadrado. Nos ensaios em casa de vegetação não houve efeito dos tratamentos de sementes e sim da profundidade de semeadura. Sementes semeadas de 0 a 3 cm de profundidade apresentaram maior densidade de plantas e maior produção de massa seca da parte aérea e das raízes.