Sonhos e memórias de re-existências no campo: juventudes e territorialidades no Assentamento Primeiro de Junho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fontes, Roberta Brangioni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21261
Resumo: Nesta pesquisa, realizada no Assentamento Primeiro de Junho, Tumiritinga/MG, nos propusemos a investigar a relação da juventude com seu território, buscando compreender que tipo de territorialidade tecem em sua vida cotidiana e como essa territorialidade afeta suas decisões de permanecerem ou saírem do campo. Esta pesquisa foi construída coletivamente, a partir de um mosaico de metodologias que tinham como cerne a pesquisa-ação participativa, tendo, portanto, os próprios jovens como protagonistas. Por meio de encontros, vivências diversas e entrevistas, num eixo que se estruturava em torno da sondagem de memórias e sonhos, pudemos desenhar uma síntese dessa territorialidade. Nesse sentido, analisamos quais seriam as fortalezas e as fragilidades do território no intuito de focar o fortalecimento e a continuidade do projeto camponês do MST para aqueles jovens que desejam continuar vivendo no assentamento em condições de bem-viver. Como um de nossos resultados, percebemos e destacamos como os jovens que estão no curso Técnico em Agroecologia ou nas Licenciaturas em Educação do Campo, apresentaram uma territorialidade diferenciada dos outros jovens, que os vincula mais ao projeto de continuidade do assentamento. Percebemos que os cursos afetaram a relação dos jovens com seu território na medida em que mexeram com sua visão de mundo sobre natureza e cultura, sobre o lugar do campo em relação à cidade, sobre a identidade do jovem camponês, influenciaram a mudança de hábitos e apresentaram novas possibilidades de bem-viver no campo. Dessa forma, acreditamos que as vivências proporcionadas pelos cursos fortaleceram os vínculos com o território e influenciaram positivamente no desejo de permanecer e de lutar para que seja possível permanecer no assentamento.