Produtividade agrícola e segurança alimentar dos domicílios das regiões metropolitanas brasileiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Costa, Lorena Vieira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Economia e Gerenciamento do Agronegócio; Economia das Relações Internacionais; Economia dos Recursos
Mestrado em Economia Aplicada
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/64
Resumo: Existem inúmeros caminhos pelos quais o crescimento agrícola pode afetar o desenvolvimento econômico em uma dada sociedade. Um dos principais meios que o crescimento agrícola afeta o nível de bem estar da população consiste na possibilidade de elevação da oferta dos itens alimentícios, que, em geral, reflete-se em menores preços de alimentos, tendo importantes implicações sobre a dieta das pessoas. Em face dessas considerações, buscou-se, neste trabalho, verificar a relação entre a produtividade agrícola brasileira dos principais itens constituintes da dieta da população e a segurança alimentar dos domicílios das regiões metropolitanas brasileiras. Pautou-se, como referencial teórico, nas definições e conceitos da segurança alimentar e nutricional, bem como nas relações entre esse processo e o crescimento agrícola. Como método, utilizou-se um modelo de escolha qualitativa, o probit, que permitiu verificar a associação entre um ganho de rendimento da terra dos grupos de produtos analisados e a probabilidade de segurança alimentar dos domicílios. O trabalho valeu-se de dados das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 1995-1996, 2002-2003 e 2008-2009. De acordo com os resultados encontrados, podem-se verificar importantes relações entre a elevação do nível de escolaridade do chefe do domicílio, a presença de pessoas menores de 18 anos na família e o fato do domicílio auferir renda per capita inferior a um salário mínimo e a segurança alimentar. Além disso, entre domicílios de todos os estratos de renda, o crescimento da produtividade dos grãos, das verduras e legumes e das frutas associou-se à maior probabilidade de segurança alimentar em pelo menos um dos períodos analisados. Essas mesmas produtividades foram importantes redutoras da probabilidade de insegurança alimentar entre domicílios de baixa e alta renda per capita. Deste modo, conclui-se que os ganhos de produtividade efetivamente associam-se à maior segurança alimentar domiciliar, mesmo que em baixas proporções, devido a alta influência de fatores particulares aos domicílios, como escolaridade e renda. Além disso, do ponto de vista distributivo, conclui-se que o crescimento da produtividade contribui para redução da insegurança alimentar entre todos os estratos de renda.