Biodiversidade de fungos da família Meliolaceae de fragmentos da Mata Atlântica de Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Pinho, Danilo Batista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Etiologia; Epidemiologia; Controle
Mestrado em Fitopatologia
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4396
Resumo: A Mata Atlântica é um bioma ameaçado de extinção, caracterizado por um elevado nível de endemismo e diversidade de espécies. O conhecimento disponível sobre a diversidade neste bioma envolve espécies vegetais e animais que existem nesta floresta. No entanto, há poucos estudos sobre a diversidade de outros grupos extremamente diversificados, em especial sobre os fungos, restando uma grande lacuna ao conhecimento quanto à biodiversidade existente nesse bioma. A família Meliolaceae abrange espécies de fungos biotróficos que infectam um grande número de espécies de plantas de diferentes famílias distribuídas em regiões tropicais e subtropicais, causando doenças denominadas de míldios negros. Por comumente não causarem doenças severas em hospedeiros economicamente importantes, o estudo sobre esses fitopatógenos tem sido historicamente negligenciado em diversos países. O propósito deste trabalho foi o de contribuir para a ampliação do conhecimento sobre os fungos melioláceos no Brasil. Efetuou-se um levantamento de míldios negros associados às plantas que ocorrem em fragmentos florestais selecionados no município de Viçosa, Minas Gerais. Estes fragmentos representam áreas em estados variados de conservação, desde bastante antropizados até próximos da condição de floresta primária e são classificadas como Floresta Estacional Semidecidual Montana. As cinco áreas são assim conhecidas: Mata da Biologia, Mata da Dendrologia, Mata da Silvicultura, Mata do Paraíso e Mata do Seu Nico. O estudo revelou nove espécies fúngicas a serem propostas como novas associadas a hospedeiros pertencentes as seguintes famílias botânicas: Annonaceae, Asteraceae, Cecropiaceae, Leguminosae, Sapindaceae e Tiliaceae. Quatro taxas associados com plantas das famílias Burseraceae, Meliaceae, Piperaceae e Sapindaceae foram reconhecidas como novas variedades a serem propostas. Além destes, as espécies Asteridiella cyclopoda, A. entebbeensis var. codiaei, Meliola pazschkeana var. macropoda, M. trichiliae e M. psychotriae var. chiococcae foram encontradas pela primeira vez no Brasil associados com hospedeiros da família Asteraceae, Euphorbiaceae, Leguminosae, Meliaceae e Rubiaceae, respectivamente. Apesar da pequena área representada pelo conjunto de fragmentos de Mata Atlântica explorada, nove novas espécies, quatro novas variedades e cinco novos relatos de míldios negros associados a vinte espécies de plantas hospedeiras, distribuídos em quatorze famílias botânicas foram encontradas. O elevado número de Melioláceos encontrado nessa pequena área em Viçosa, confirma a grande diversidade e carência de conhecimento sobre este grupo fúngico no bioma Mata Atlântica no Brasil.