Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Ferreira Neto, José |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/9083
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Resumo: |
Este estudo objetivou analisar a eficiência e a competitividade da produção de cana-de-açúcar nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco. A competitividade nesses estados é avaliada com base nos diferentes sistemas de produção desenvolvidos, ou seja, de acordo com o nível tecnológico empregado na produção da cana-de-açúcar entre as distintas regiões produtoras; a região Centro-Sul com alto nível tecnológico e a região Norte- Nordeste com baixo nível tecnológico na produção. Dentre os fatores que motivaram esta análise, destacam-se a identificação da importância relativa da cana-de-açúcar para a economia brasileira e o potencial aumento na sua demanda mundial, dadas as suas características peculiares na geração de energia (com baixos índices de poluição) e dadas as condições propícias do país na expansão da produção da cana-de-açúcar. Dessa forma, uma análise desses diferentes sistemas pode direcionar políticas que visem tornar a produção mais eficiente, aumentando a competitividade brasileira no mercado internacional e contribuindo para a conquista de novas parcelas de mercado. A teoria utilizada neste trabalho está fundamentada nos conceitos econômicos relacionados com lucratividade, custos sociais e privados de fatores, competitividade de sistemas de produção (diferenciados por níveis tecnológicos) e política comercial. Os princípios analíticos desses conceitos foram baseados na Teoria da Firma e na Teoria do Comércio Internacional. O instrumental utilizado nesta análise foi a Matriz de Análise Política (MAP), e os dados secundários foram obtidos de diversas instituições como EMATER-MG, CONAB, CNA, SEAB, FAO, dentre outros. Pelos resultados obtidos por meio da MAP, conclui-se que os estados de Minas Gerais e Pernambuco, cuja produção de cana-de-açúcar tem menor nível tecnológico, apresentaram maior transferência negativa em relação aos estados de São Paulo e Paraná, que adotam maior nível tecnológico na produção, ou seja, os produtores desses estados foram mais penalizados pelas políticas públicas adotadas para o setor canavieiro. Apesar dessas transferências negativas e do baixo preço privado da cana-de-açúcar, a lucratividade da produção de cana-de- açúcar foi positiva nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco, o que mostra que, mesmo sob condições vigentes das políticas públicas, a produção de cana nos estados estudados é competitiva e eficiente na geração de divisas e na alocação de recursos nacionais. Os indicadores privados e sociais possibilitaram fazer comparações entre os sistemas produtivos dos estados estudados e confirmaram que a produção de cana, nos estados mais tecnificados, apresentou maior competitividade e que os produtores desses estados foram menos afetados pelas políticas públicas distorcivas praticadas no setor. Verifica-se, também, que as políticas adotadas pelo governo não têm contribuído para redução na desigualdade de produtividade e competitividade entre os estados produtores; ao contrário, têm contribuído para que essa desigualdade aumente. Dessa forma, para gerar maiores benefícios sociais, as políticas públicas teriam que, além de reduzir as divergências entre as valorações sociais e privadas, ser direcionadas para aumentar a competitividade dos estados menos tecnificados. Os resultados obtidos, de forma geral, confirmam a ligação positiva existente entre a inovação tecnológica e as teorias econômicas de comércio e desenvolvimento. Constata-se que os estados que adotaram maior nível tecnológico na produção de cana-de-açúcar foram mais competitivos e menos expostos aos efeitos negativos das políticas públicas sobre esse setor. |