Resposta de comunidades de formigas a um gradiente de sucessão
Ano de defesa: | 2008 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ciência entomológica; Tecnologia entomológica Mestrado em Entomologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3866 |
Resumo: | Atividades humanas como extração de madeira, práticas agrossilvipastoris, mineração e o processo de urbanização têm sido responsáveis pela fragmentação e redução de florestas tropicais nativas. Porém, muitas das áreas exploradas, após determinado período de uso, são abandonadas e passam por um processo de recuperação natural resultando em formações de floresta secundária. Juntamente com a recuperação da vegetação há o retorno de espécies animais. Assim, áreas de floresta secundária em diferentes idades de recuperação representam um gradiente de sucessão vegetal e animal. Entre os animais, as formigas, devido à sua elevada diversidade e abundância, têm sido utilizadas como modelos de estudos ecológicos e sugeridas para avaliar a reposta da biodiversidade animal à recuperação das florestas a distúrbios diversos. Assim, o objetivo deste estudo foi verificar a resposta de comunidades de formigas a um gradiente de sucessão. Foram testados os seguintes pressupostos: (i) a resposta da riqueza de espécies de formigas coletadas em diferentes microhabitats (arborícola, epigéico e hipogéico) é diferente a um gradiente de sucessão; (ii) em cada microhabitat há uma mudança da composição de espécies (freqüência de ocorrência das espécies de formigas) ao longo do gradiente de sucessão. As possíveis mudanças na riqueza e na composição de espécies de formigas ao longo do gradiente de sucessão foram explicadas pelas seguintes hipóteses: (a) em um gradiente de sucessão há um aumento da quantidade de recursos e uma modificação das condições que explicam as mudanças na riqueza e na freqüência de ocorrência (número de vezes que uma espécie de formigas foi coletada) ao longo do gradiente de sucessão; (b) em um gradiente de sucessão há um aumento da heterogeneidade estrutural e de recursos que representa uma explicação complementar para as mudanças na riqueza e na freqüência de ocorrência de determinadas espécies ao longo do gradiente de sucessão. As coletas de formigas foram realizadas em Viçosa (MG) em oito áreas com diferentes idades de recuperação. As áreas, que representam um gradiente de sucessão, consistiram em uma pastagem em uso e setes fragmentos florestais em que a idade de recuperação variou de sete a 120 anos. Em cada microhabitat foram coletadas estimativas dos recursos e condições utilizados pelas formigas. No total das áreas e microhabitats foram coletadas 77 espécies de formigas. Em nenhum dos microhabitats houve uma relação significativa entre riqueza de espécies e idade de recuperação, porém foi coletada uma maior riqueza média de espécies de formigas no microhabitat epigéico. A riqueza de espécies de formigas arborícola teve uma relação significativa com a interação entre a heterogeneidade de recursos e condições. A composição de espécies em todos os microhabitats não mudou em relação ao tempo de sucessão, no entanto oito espécies de formigas epigéicas tiveram um aumento de sua freqüência com o aumento da idade de recuperação, sendo que destas, quatro tiveram uma relação positiva e significativa com estimativas de recurso e condições. A riqueza de espécies de formigas possivelmente não é o melhor indicador da resposta de comunidades de formigas a distúrbios ambientais e a posterior recuperação destes. Embora a composição de espécies analisada através da freqüência de ocorrência das espécies que para algumas espécies teve uma relação positiva e significativa com o tempo de sucessão o fato de diferentes estudos apresentarem diferentes padrões de resposta desse parâmetro, esta necessita de um método de análise que permita comparações entre os estudos. Portanto, nossos dados são relevantes para o entendimento dos processos ecológicos envolvidos na resposta das comunidades de formigas à recuperação florestal. |