Comparação entre estratos regenerantes de florestas primária e secundária: uma avaliação da restauração passiva no oeste do Paraná
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Medianeira |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Ambientais
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/2939 |
Resumo: | O bioma da Mata Atlântica foi reduzido a apenas 7,4% de sua cobertura original, sendo o principal motivo a ocupação humana. No estado do Paraná restaram, com exceção da vegetação da Serra do Mar e do Parque Nacional do Iguaçu (PNI), poucos fragmentos pequenos, que necessitam de aumento da conectividade em escala de paisagem, o que requer a ampliação da cobertura florestal nativa. Esta ampliação pode se dar por meio da regeneração espontânea de florestas nativas, fenômeno aqui tratado sob a designação restauração passiva. O objetivo deste estudo foi avaliar o estrato regenerante de uma floresta secundária em restauração passiva, sítio em restauração (pasto abandonado há 25 anos), por meio de comparação com o estrato regenerante da floresta primária do PNI, sítio de referência. Para isso, os atributos considerados foram estruturais: densidade, altura da planta e diâmetro à altura do solo – DAS; de diversidade: riqueza e diversidade de espécies; funcionais: distribuição de frequência de síndromes de dispersão para indivíduos e espécies e proporção de espécies e de indivíduos de espécies não-pioneiras; e a composição florística. Em cada sítio foram demarcadas 30 parcelas circulares de 10 m2 cada e coletados dados dos indivíduos arbustivos e arbóreos com DAP < 5 cm e altura maior do que 50 cm. Foram coletadas amostras botânicas para posterior identificação em laboratório através da comparação com material de herbário. Foram registrados 589 indivíduos no sítio em restauração distribuídos em 43 espécies, e 831 indivíduos no sítio de referência distribuídos em 48 espécies. As espécies mais abundantes no sítio em restauração foram Parapiptadenia rigida (Benth.) Brenan e Pombalia bigibbosa (A.St.- Hil.) Paula-Souza, com 236 e 133 indivíduos, respectivamente, e a mais abundante no sítio de referência foi Sorocea bonplandii (Baill.) W.C.Burger et al., com 182 indivíduos. Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na altura da planta, densidade, diversidade, representatividade de indivíduos de espécies zoocóricas, proporção de indivíduos de espécies não-pioneiras e na composição florística. Com exceção da variável altura da planta que foi maior no sítio em restauração, as demais variáveis quantitativas tiveram valores maiores no sítio de referência. As diferenças entre os sítios, pode se dever a alguns filtros restritivos, como mais luminosidade, maior efeito de borda, condições edáficas menos favoráveis e falta de conectividade e de atrativos para dispersores de sementes no sítio em restauração. Conclui-se que, após 25 anos, o processo de restauração passiva resultou em uma floresta cujo estrato regenerante ainda é consideravelmente distinto do verificado em floresta primária, evidenciando a importância da conservação de remanescentes de floresta primária. Contudo, as semelhanças encontradas denotam que a floresta restaurada se encontra numa trajetória sucessional adequada, o que, demonstra um elevado potencial de aplicação da restauração passiva na região das áreas de estudo. |