Caracterização da madeira de clones de Eucalyptus camaldulensis Dehnh. e Eucalyptus urophylla S.T. Blake, oriunda de consórcio agrossilvipastoril

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Evangelista, Wescley Viana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Manejo Florestal; Meio Ambiente e Conservação da Natureza; Silvicultura; Tecnologia e Utilização de
Mestrado em Ciência Florestal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/3176
Resumo: Este trabalho teve como objetivo a caracterização tecnológica da madeira de um clone de Eucalyptus camaldulensis Dehnh., de 10 anos, e de dois clones de Eucalyptus urophylla S.T. Blake, de 6 e 8 anos, avaliando-lhes os efeitos do clone e da distância medula-casca, bem como sua interação sobre as propriedades da madeira. O material foi proveniente da Votorantim Metais Zinco S/A, localizada no município de Vazante, região noroeste do Estado de Minas Gerais, em sistema de consórcio agrossilvipastoril, com espaçamento de 10 x 4 m. Para caracterização da madeira determinaram-se as propriedades físicas (massa específica; retratibilidade linear e volumétrica, além do coeficiente anisotrópico), propriedades anatômicas (dimensões de fibras e vasos) e propriedades mecânicas (módulo de ruptura e de elasticidade em flexão estática). Utilizaram-se seis árvores por clone para determinação das propriedades físicas e mecânicas e quatro árvores por clone para as propriedades anatômicas. Avaliaram-se também algumas variáveis dendrométricas associadas às toras dos clones estudados. O clone de E. camaldulensis apresentou os maiores valores médios de diâmetro da tora, volume de madeira, porcentagem de cerne e relação cerne-alburno e a menor porcentagem de alburno. O inverso foi observado para o clone de E. urophylla, de 6 anos. Os dois clones de E. urophylla apresentaram os menores valores de conicidade e os maiores rendimentos em madeira serrada. Considerando as propriedades da madeira, os resultados mostraram, através do teste t de Student, para amostras independentes, a 5% de probabilidade, que houve diferença significativa entre os clones e entre as distâncias radiais, no sentido medula-casca, na maioria das propriedades avaliadas. Considerando o efeito da distância medula-casca, observou-se uma tendência de aumento da massa específica, comprimento e espessura de parede das fibras, diâmetro dos vasos, módulo de ruptura e elasticidade, mas uma diminuição na freqüência de vasos. A largura das fibras, diâmetro do lume das fibras, retratibilidade linear e volumétrica, além dos coeficientes anisotrópicos não apresentaram padrão linear nítido de variação no sentido medula-casca. O clone de E. urophylla, de 8 anos, apresentou os maiores valores em todos os ensaios realizados, exceto para comprimento e largura das fibras, diâmetro do lume das fibras e coeficientes anisotrópicos. A madeira dos clones de eucalipto estudados apresentou propriedades similares às provenientes de árvores plantadas, em espaçamentos tradicionais.